Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 502

Do outro lado.

Rafael foi direto ao ponto "Desenhista Ferreira, na verdade, já fazia tempo que eu queria adicionar você no WhatsApp, peço desculpas pela abordagem repentina."

Natália sorriu "Dr. Costa tem razão, no nosso ramo, o WhatsApp é todo sobre contatos profissionais, não vejo nenhum problema em conhecer o Sr. Paiva."

Com anos de experiência no ambiente de trabalho, Natália não era ingênua em relação às nuances das relações sociais.

Muitas vezes, a habilidade é apenas uma parte do sucesso, os contatos são o que realmente importam.

"Agradeço a consideração, vou brindar à Srta. Ferreira."

Rafael levantou sua taça em direção a Natália.

No instante seguinte, ele pareceu lembrar de algo "Mas desta vez, só eu vou beber, melhor você não."

Ele brincou com um sorriso ambíguo "Caso você fique bêbada, como da última vez, e não consiga caminhar, eu não tenho como competir com seu ex-marido para te levar embora, afinal, ele foi bastante autoritário na última vez."

Natália sorriu baixinho.

Competir?

Ele ainda pensaria em competir?

Ela levantou sua taça de vinho, tocando a de Rafael.

"Então vamos ver se ele tentará me levar embora."

Na última ocasião, foi Gabriel quem preparou a bebida de Natália, e ela acabou bebendo demais.

Desta vez, ela estava atenta a Gabriel, não aceitando mais de suas bebidas, um simples vinho de festa não seria suficiente para deixá-la bêbada.

Ainda mais com Valério por perto, ela não correria nenhum risco.

Beber um pouco era apropriado, ajudava a dormir melhor à noite.

Sem perceber, Natália já havia bebido quase meio copo.

"Vejo que a Srta. Ferreira não só se empenha no trabalho, como também na bebida." Rafael comentou, levemente impressionado.

"Empenhar-se não é bom? Quem se esforça, vence."

"Mas é raro ver você se esforçando tanto." Rafael sorriu, "Na última vez, no canteiro de obras do museu, você trabalhou arduamente o dia todo, e segundo o seu assistente, você acabou no hospital por exaustão. Eu pensei que a Srta. Ferreira se pouparia, mas aqui está você, dedicada ao trabalho até em uma festa."

Ele a olhou de lado "Por que se esforçar tanto?"

Por quê?

Natália sorriu.

Sob o efeito do álcool, ela segurou a taça mais firmemente, falando mais do que o habitual.

"Você sabe, a vida de uma pessoa tem três pontos de inflexão."

Ela contou com os dedos "A família de origem, o parceiro e o despertar do próprio eu."

"Se não há uma família privilegiada ou um parceiro ideal, então é essencial despertar aquele eu forte."

Natália apontou para si mesma "Atualmente, estou na última fase."

Rafael arqueou uma sobrancelha "Seu parceiro, é o seu ex-marido?"

"Sim." Natália assentiu levemente.

"Ele não era o ideal?"

"Ideal." Natália disse bêbada, em silêncio, "E não era."

Ela olhou para o líquido em sua taça, quase falando consigo mesma "Ele era tão perfeito antes, perfeito ao ponto de eu pensar que ele não tinha defeitos, até mais que esses dominadores magnatas de novela."

"Mas agora eu vejo, ele tem defeitos, defeitos que não mudam."

"Oh?" Rafael ergueu uma sobrancelha, "Continue."

Natália analisou seriamente "Orgulho, um orgulho que corre em suas veias."

Por orgulho, ele não aceita o mínimo sacrifício de outros.

"Está vendo aquela? Aquela é minha mãe, e também é a mãe dela."

...

Natália saiu do banheiro, sentindo a cabeça um pouco quente.

Ela contornou a multidão e saiu diretamente para fora do hotel.

Estava tudo escuro ao redor, ela se apoiou em um carro para se recompor um pouco, sua cabeça clareou.

De repente, a porta do carro abriu e alguém saiu.

Natália virou a cabeça para dar uma olhada.

Era Vitor.

"Senhorita Ferreira, você bebeu demais?"

"Não."

Vitor gentilmente ofereceu, "Está frio lá fora, quer entrar no carro e se sentar um pouco?"

"Não é necessário."

Natália não queria entrar e virou-se para ir embora.

"Senhorita Ferreira..." Vitor a chamou, "Naquele mês em que você perdeu o bebê, o Senhor Alves foi injustamente preso por um mês. Não foi por falta de vontade que ele não a procurou. No dia em que ele foi liberado, você já tinha ido embora."

Natália parou, "Patrícia já me contou isso quatro anos atrás."

Vitor ficou surpreso por um momento.

"De qualquer maneira, não culpe ele."

Natália sorriu, virando-se para olhar para Vitor, "Por que não me explicou isso há quatro anos?"

"Esperei todo esse tempo para você ou seu chefe dizer algo, e só agora vocês se lembram de me contar?"