Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 510

O coração de Natália caiu por um momento.

Na escuridão, ela não conseguia ver seu rosto, mas podia sentir o aroma que lhe era exclusivo.

Profundo, único, familiar.

Sua cabeça estava apoiada no peito dele, e ela podia ouvir o bater do seu coração, constante e forte.

Natália respirava suavemente, tentando não fazer nenhum som.

Os passos do lado de fora estavam ficando mais próximos, e seu coração estava na garganta.

No segundo seguinte, seu pulso foi segurado por dedos quentes.

O coração de Natália pulou uma batida, e ela olhou para cima instintivamente.

Não dava para ver nada na escuridão.

"Você está muito tensa," a voz baixa dele soou ao lado de seu ouvido, "seu coração está batendo rápido demais."

Sentindo seu hálito, o coração de Natália batia ainda mais rápido.

Apesar de, na noite anterior, ele ter dito que não queria nada com ela, insistindo em se separar.

Hoje, foi ele quem a defendeu no escritório.

Foi ele quem a protegeu na mesa de jantar.

E agora, era ele quem a segurava, ouvindo sua pulsação.

Ela não conseguia se desvencilhar, mesmo tentando.

Natália sentia-se frustrada e um pouco irritada.

Ela tentou retirar sua mão, mas ele a segurou ainda mais forte.

O aperto firme envolvia seu pulso, transmitindo calor contínuo, pesado e profundo, como se também pressionasse o coração suspenso de Natália.

Natália mordeu o lábio, sem se mover mais.

Os passos confusos lá fora não eram nada comparados à confusão em seu coração.

Após alguns minutos, os sons do lado de fora finalmente desapareceram, e tudo voltou à calma.

Natália se moveu levemente, retirando seu pulso de sua mão.

A palma da mão de Fabiano ficou vazia, sentindo uma perda momentânea.

"Fique aí, não se mexa ainda."

Ele deixou essas palavras antes de virar-se e abrir a porta, desaparecendo no depósito.

Natália permaneceu parada, sentindo sua respiração paralisar, o pulso quente e formigando, ainda sentindo a força residual dele.

Ela tocou seu pulso, sentindo-se inexplicavelmente perturbada.

Do lado de fora, assim que Fabiano virou o corredor, duas sombras de repente surgiram, entrando em luta com ele.

Ele rapidamente derrubou um, e na escuridão, um golpe preciso o fez desmaiar.

Vendo isso, a outra sombra sacou uma faca afiada, avançando agilmente em Fabiano.

"Thud—"

Um som abafado ecoou na escuridão.

A faca parou no meio do ar, e o atacante caiu diretamente, desmaiado.

Por trás, Natália segurava um cabo de vassoura, respirando levemente.

Fabiano ficou confuso com sua súbita aparição.

Ele pegou o celular, acendeu a lanterna, e olhou para onde o homem foi atingido.

O maior acontecimento de quatro anos atrás foi o sequestro de Giselle, que ameaçou seriamente Fabiano.

Se naquela época a bala que acabou sendo bloqueada pelo bebê no ventre dela não tivesse acontecido, Fabiano teria morrido sem dúvida alguma.

Agora, eles pretendiam repetir o feito, começando pelas pessoas próximas a Fabiano.

A expressão de Fabiano instantaneamente se tornou sombria, ele ordenou a Vitor com frieza:

"Continue investigando, e ligue novamente para Uriel Silva, peça a ele que mantenha Giselle sob estrita vigilância."

"Entendido."

Devido ao número suficiente de pessoas, e por ser o território principal de Fabiano, os dois homens no chão foram rapidamente removidos.

O corredor esvaziou, o perigo foi eliminado.

Natália finalmente relaxou.

"Eu te levo para casa."

Fabiano pegou as chaves do carro que Vitor lhe passou, querendo levá-la para longe deste lugar de problemas.

"Não precisa." Natália recusou, acrescentando silenciosamente, "Não era para mantermos distância? Seu LandRover chama mais atenção."

Fabiano ficou sem palavras.

Era como se tivesse levantado uma pedra para bater no próprio pé.

Natália se virou e foi embora, parando ao chegar na saída iluminada, ela se virou e disse calmamente:

"Fabiano, eu não te culpo mais."

"Se concentre em lidar com Severino."

O coração de Fabiano se aqueceu e esfriou em um instante, indescritível.