Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 526

Ele disse, "Se o Fabiano não casar contigo, eu caso."

Natália ficou perplexa.

Demorou muito para reagir.

Conhecendo-o há tantos anos, era a primeira vez que ela via Valério com aquela seriedade.

Ele já a tinha ajudado, aquecido seu coração, brincado e discutido com ela, e lutado ao seu lado.

Mas o momento mais sério e sincero foi agora, debruçado sobre o vidro do zoológico, pedindo-a em casamento.

Naquele momento, Natália se sentiu tocada.

Tocada por sua sinceridade a cada vez.

Natália apertou os lábios, baixou os cílios e disse com voz baixa, "Valério, você é meu amigo mais importante, eu não quero te atrasar."

"Me casar contigo é atrasar, mas com o Fabiano não seria?"

Valério franzia a testa, visivelmente frustrado.

Ele respirou fundo, tentando se acalmar antes de lhe explicar com lógica.

"Natália, casamento e namoro são diferentes. Namoro pode ser apaixonado, uma questão de vida ou morte, mas casamento deve ser com alguém adequado, estável, seguro, e financeiramente capaz, para satisfazer todas as suas necessidades."

Valério apontou para si mesmo, "Eu sou essa pessoa, se você quer casar, case comigo."

Natália olhou para ele e sorriu sem jeito.

Ela suspirou, "Valério, isso é um sacrifício seu."

"Você se preocupa em me fazer feliz, me guiar, me alertar sobre os perigos, e eu agradeço por isso, mas eu também espero que você possa ter um amor verdadeiro, superar suas próprias sombras, e ser feliz, não apenas fazer os outros felizes."

Valério não podia entender.

Seus olhos brilhavam com uma convicção inabalável, "Se você está feliz, eu também estou. Comigo, eu nunca te abandonarei ou trairei, e meu patrimônio será compartilhado contigo. Mesmo que você queira o divórcio, terá direito à metade da minha fortuna. Isso não é vantajoso?"

Natália deu um suspiro.

Ela o olhou seriamente, "Você é meu amigo. Se eu casasse contigo apenas por conveniência, aproveitando todos os benefícios que você oferece, sem ter nenhum sentimento por você, isso não seria justo. Então, eu não posso aceitar."

Valério a encarou, sem dizer uma palavra.

Até as luzes se apagarem, deixando apenas algumas luzes noturnas, ele finalmente falou lentamente.

"Você nunca vai gostar de mim, né?"

"Sim."

Natália baixou a cabeça, "Desculpa."

"Tudo bem, eu também aceito."

Ele virou a cabeça, as pontas dos olhos ainda vermelhas, "Minha mãe era assim, você também é, cada um tem seu destino, respeito e abençoo."

Ele ainda estava um pouco aborrecido.

Natália não pôde evitar rir.

"Vamos, me leve de volta ao Condomínio Nove Árvores."

Valério tirou as chaves do carro e caminhou com ela para fora, mantendo um silêncio incomum, sem muita conversa.

Chegando ao pé do edifício, Natália saiu do carro.

Após se despedir de Valério, o Jeep deu meia volta, desaparecendo tristemente na noite.

Natália ficou parada lá, suspirando levemente.

Virou-se para entrar no prédio.

Ao passar pelo canteiro de flores, seu olhar lateral avistou um carro preto novo na sombra de uma árvore não muito distante.

Antes que ela pudesse ver claramente, seu pulso foi agarrado de repente, e com um puxão, Natália se viu indo de encontro ao peito de um homem.

No segundo seguinte, seus lábios foram selados.