Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 532

O coração de Natália batia forte.

Todos os sentidos estavam amplificados, envoltos naquela essência única que pertencia a ele.

Ela se mexeu, dizendo com a voz rouca, "Você não ia tomar um banho?"

"Ah, sim, vou tomar."

Natália apontou para o banheiro, ainda com a voz rouca, "Vá então."

O olhar de Fabiano era intensamente direto, seus desejos ocultos claramente visíveis.

Natália tentou sair dos braços dele, mas Fabiano a puxou de volta, envolvendo-a.

"Me dê um beijo, e eu vou."

Era tão insistente.

As orelhas de Natália ficaram vermelhas.

Ela se levantou na ponta dos pés e lhe deu um rápido beijo, como se fosse um toque leve de uma libélula.

Felizmente, desta vez ele não a segurou pela nuca para tomar a iniciativa.

Satisfeito com o beijo recebido, Fabiano a soltou.

Virou-se e entrou no banheiro.

Logo depois, o som da água correndo podia ser ouvido.

Sua camisa e terno estavam jogados na cama, junto com sua gravata velha.

Parecia que ele tinha voltado às pressas de uma cidade vizinha durante a noite, sem trocar de roupa ou tomar banho.

Coitado dele e de seu hábito de limpeza.

Natália apertou os lábios, pendurou o casaco dele em um cabide e o alisou.

Pela janela, era possível ver o pôr do sol da tarde, seus raios vermelhos e nebulosos iluminando o quarto, parecendo irreal.

O som da água parou, e a porta do banheiro se abriu.

Fabiano saiu vestindo um roupão, folgado e revelando sua silhueta esguia.

Seu cabelo ainda estava úmido.

Ele passou a mão pelo cabelo algumas vezes e desistiu, deixando os fios pretos caírem sobre sua testa, cobrindo seus olhos cansados.

Natália se aproximou, facilmente notando as olheiras mais pronunciadas depois do banho, evidenciando uma noite sem dormir.

Ela pegou o secador do banheiro, colocou-o ao lado da cama no modo de vento suave e começou a secar seu cabelo.

Fabiano se sentou na beira da cama, envolveu sua cintura com os braços e encostou a cabeça em seu corpo, deixando-a secar seu cabelo tranquilamente.

As mãos de Natália percorriam seus cabelos curtos e ásperos, um pouco ásperos ao toque.

A luz do sol atravessava a janela, caindo sobre eles, tranquila e aquecida, como um sonho.

Até que seu cabelo estivesse quase seco.

Natália então desligou o secador.

Viu Fabiano com os olhos fechados, parecendo cansado.

Ela pegou o celular para ver as horas e disse baixinho.

"Temos ainda duas horas antes da caminhada, você deveria dormir um pouco."

Fabiano a abraçou, "Aqui com você?"

Natália sugeriu, "Você também pode ir para cima."

"Não," Fabiano apertou o abraço, "quero ficar aqui com você."

Ela sabia que ele não iria facilmente para o outro quarto.

O quarto no último andar era mais para decoração.

Fabiano insistiu, e a convenceu a deitar na cama com ele, onde ele a envolveu firmemente e fechou os olhos.

"Vamos dormir."

Natália piscou, aconchegada em seu peito, sem se mover.

Ele estava exausto.

Ela podia ver.

Sempre ocupado, sem nunca descansar.

Em apenas alguns anos, ele elevou um pequeno grupo de medicina ao nível de uma empresa listada na bolsa, com inúmeras linhas de produtos sob sua marca.

Era exatamente por isso que ele ousava confrontar Severino de frente.

Durante esses quatro anos, ele esteve imerso no trabalho.

Solitário, determinado, contido, avançando passo a passo sem parar.

Natália de repente se lembrou.

Eles ainda estavam escondendo seu relacionamento.

Embora não soubesse se Severino havia percebido algo hoje com toda a confusão, com Fabiano por perto, ele saberia lidar com tudo elegantemente.

Essa sempre foi a sua maneira.

Ela então se despediu, "Então eu vou?"

"Sim."

Natália colocou seu casaco e saiu do hotel sozinha.

Não muito longe da porta, havia um grande campo, onde os colegas já haviam chegado ao monte, e o céu estava gradualmente escurecendo, com as pessoas montando suas churrasqueiras.

Havia uma área de descanso, uma área de lazer, tendas, cobertores, uma variedade de opções.

Já que era um evento do departamento.

O RH levantou a câmera e reuniu todos para uma sessão de fotos, o que levou bastante tempo.

Quando a sessão de fotos terminou, o grupo se dispersou para atividades livres, alguns foram fazer churrasco, jogar jogos de tabuleiro, cantar, acender fogueiras.

Patrícia a puxou, toda animada, "Não vá ainda, minha carne vai ficar pronta logo, vou te mostrar como eu sou boa nisso."

Natália sorriu, concordando. "Tudo bem."

Ela queria mesmo era levar um pouco de volta.

Enquanto a carne não ficava pronta, Patrícia se movimentava entre a fumaça.

Gabriel se aproximou para ajudar, mas foi repelido por um tapa, e eles começaram a discutir de novo.

Natália não queria se sentir deslocada, então encontrou um lugar vazio para se sentar.

Acima dela, o céu estava repleto de estrelas, e as montanhas ao longe eram sombras escuras.

Parecia que nunca se chegaria ao fim, mas ao mesmo tempo, ela se sentia parte daquele lugar.

Uma brisa suave passou, e seu coração se acalmou.

"Quer água?"

Alguém ao lado ofereceu uma garrafa de água.

Os olhos de Natália brilharam por um momento, e ela virou-se instintivamente.