Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 556

“Toc toc toc—”

Do lado de fora do hotel, um som de batidas na porta ecoou pelo quarto.

Acordando Fabiano de seu sono.

Ele abriu os olhos, encontrando um cenário de desordem – lençóis e cobertores amontoados, roupas espalhadas pelo chão.

As imagens da noite anterior turvavam sua mente.

Havia sons de respiração, súplicas, gemidos abafados e contidos de uma mulher…

Ele havia sido drogado.

E com uma dose bem forte.

Fabiano olhou ao redor do quarto vazio, com um semblante sombrio.

Não esperava quase ter sido derrotado pelas mãos de Severino.

“Toc toc—”

A batida na porta soou novamente, acompanhada por uma voz familiar.

“Sr. Alves, sou eu, abra a porta.”

Ao ouvir essa voz, Fabiano relaxou um pouco, levantou-se, colocou um roupão e foi abrir a porta.

Vitor estava do lado de fora, com uma expressão séria, segurando um conjunto de roupas limpas.

“Sr. Alves, você está bem depois da noite passada?” Vitor perguntou, preocupado.

“Como você veio parar aqui?”

Vitor respondeu com seriedade, “Srta. Ferreira me enviou uma mensagem esta manhã, dizendo que você passou a noite aqui e pediu para eu vir buscá-lo.”

“Natália?” perguntou Fabiano.

“Sim.”

“Onde ela está?”

Vitor parecia confuso, “Você não estava com ela ontem à noite?”

Fabiano apertou os lábios, sem responder.

Ele tinha sido pego de surpresa na noite anterior, sua consciência turva, lembrava-se apenas de ilusões, passando a noite em sonhos.

Esses sonhos eram metade reais, metade ilusórios, sua atenção estava toda concentrada naquele fogo interno, ao ponto de perder o controle.

Ele se lembrou de, entre a névoa, ouvir constantemente a voz de Natália, o aroma único que vinha dela.

Mesmo com a consciência nublada, ele conseguiu rapidamente discernir que era realmente Natália.

E por isso, ele se permitiu atiçar as chamas.

Lembrou-se de que, em duas ocasiões, ela murmurou com a voz suave sobre dores nas costas, e ele não conseguiu se conter…

Fabiano engoliu em seco, pegou o pacote de papel das mãos de Vitor e foi para o banheiro trocar de roupa.

Curioso, Vitor olhou por cima do ombro para dentro do quarto.

Nossa!

O quarto estava uma bagunça.

A fantasia de Ceifador de Dia das Bruxas que sua namorada comprou também estava jogada ao pé da cama, ao lado de uma foice de Ceifador.

Estavam brincando de quê?

Pareciam se divertir bastante.

Minutos depois, Fabiano trocou de roupa, segurando a testa ao sair, bloqueando o olhar curioso de Vitor.

“Verifique as câmeras de segurança daqui, procure por uma garota, cerca de vinte anos, pálpebras duplas, cabelo preto longo, aparência inocente, muito magra, ela deveria estar andando por aqui na noite passada entre dez e dez e meia.”

Vitor, astutamente, adivinhou algo.

“Sr. Alves, não me diga que alguém tentou...”

“Fui armado.”

O sonho foi sempre a mesma cena, acompanhada de uma dor surda na cintura e nas pernas.

O som persistente da campainha continuava lá fora, insistente, sem pausar.

Natália levantou-se da cama, recuperou o espírito e foi abrir a porta.

Ao abrir, viu Fabiano parado do lado de fora, vestindo roupas casuais de cores claras, largas e confortáveis, alto e imponente, com uma aura relaxada e preguiçosa.

Seu semblante carregava uma satisfação discreta.

Na noite anterior, ele havia sido como um louco, insistindo repetidas vezes, sem parar por seus apelos, empenhando-se intensamente, sem misericórdia, completamente implacável.

Satisfeito, sem dúvida.

Natália não se moveu, com o rosto inexpressivo, "O que você veio fazer aqui?"

O olhar de Fabiano caiu sobre a cintura dela, perguntando, "Sua cintura ainda dói?"

Natália "?"

Sem esperar por sua resposta, Fabiano falou com um tom grave, "Vim para fazer uma massagem em você."

Uma frase tão simples, mas Natália pôde perceber um toque de sensualidade.

Ela desviou o olhar de forma não natural, recusando diretamente.

"Não precisa, minha cintura não dói."

Fabiano, com toda seriedade, "Depois de tantas vezes ontem à noite, lembro que não me contive. Você tem certeza de que pode suportar?"

O rosto de Natália imediatamente se avermelhou.

Mas ela insistiu, com teimosia, "Não sei do que você está falando..."

"Não sabe? Então, deixe-me refrescar sua memória."

O canto dos lábios de Fabiano se ergueu, e sua figura esguia se apoiou no batente da porta, falando calmamente para ela.

"Se não me engano, ontem à noite fui drogado, e um espectro com rosto verde e dentes afiados invadiu meu quarto, servindo como meu antídoto, e ainda, fizemos várias vezes, em muitas posições diferentes..."