Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 562

Natália estava um pouco cautelosa, mantendo-se imóvel.

"Conversar sobre o quê?"

O homem sorriu levemente, sendo direto ao ponto. "Naturalmente, sobre onde você estava ontem à noite, e a sua relação com o Sr. Alves."

Natália sorriu educadamente. "Se é sobre isso, acredito que não temos nada para conversar."

"Srta. Ferreira, todos aqui somos inteligentes, então serei direto."

O homem, prevendo a atitude de Natália, retirou do carro um saco transparente contendo um pedaço fino de tecido.

"Este é o material que coletei como evidência do assédio de Fabiano ontem à noite. Você é a peça-chave neste caso. Se você o denunciar, repetindo o que aconteceu há quatro anos, garantimos que sua carreira dobrará de sucesso no estado atual."

Ela deveria denunciar Fabiano?

Natália mal podia acreditar no que ouvia.

Até achou que as pessoas de Severino estavam loucas.

Ela não conseguiu conter uma risada leve. "Senhor, por que vocês acham que eu aceitaria denunciá-lo?"

O homem sorriu calmamente com ela. "O que achamos não importa. Sua resposta é o que importa."

Natália ficou em silêncio por um momento.

Ela podia adivinhar a intenção de Severino.

Chamá-la era falso, testar sua atitude era verdadeiro.

Se ela recusasse, estaria admitindo indiretamente que era o ponto fraco de Fabiano.

Se aceitasse, se tornaria a lâmina que mais o feriria.

Era realmente um movimento difícil de avançar ou recuar.

Natália comprimiu os lábios, quase sem hesitar, e deu sua resposta de forma clara e decisiva.

"Desculpe, minha resposta é... eu recuso."

O homem pareceu surpreso com a rejeição direta dela, dando-lhe um olhar extra.

"Srta. Ferreira, não quer reconsiderar? Por um homem, abandonar uma oportunidade significativa de carreira não parece uma escolha sábia."

Natália sorriu, olhando diretamente nos olhos dele.

"Já que vocês têm as evidências, não vou esconder nada. Vamos esclarecer hoje."

"Primeiro, quem passou a noite com Fabiano fui eu, não foi à força, mas de livre vontade, romanticamente falando, isso se chama consentimento mútuo. Segundo, nunca abandonaria minha carreira por alguém, nem prejudicaria alguém por avanço profissional. Minha carreira é limpa, sem qualquer mancha obscura. Portanto, você não precisa usar minha carreira para ameaçar meus sentimentos."

Sua atitude era resoluta.

Ela já havia deixado claro seus limites sem muita discussão.

O homem ficou em silêncio por um momento, então disse, "Srta. Ferreira, não pensa nem um pouco na sua família? Pelo que sei, seu pai, seu irmão, sua cunhada e sua sobrinha de quatro anos ainda estão em Doce Vale, vivendo uma vida modesta, não exatamente boa."

Natália deixou essas palavras para trás, virando-se e saindo com estilo.

Visto que era impossível impedir as constantes interferências de Severino, melhor seria revelar abertamente, deixando Severino ciente de que ela já estava preparada há tempos.

Somente assim, ele pensaria duas vezes antes de agir contra ela.

Natália endireitou as costas e voltou para o condomínio, só relaxando quando o carro que a seguia desapareceu.

Ela então pegou seu celular e o acendeu.

Devido à urgência do momento, ela não teve a chance de gravar nada, muito menos possuía um gravador.

Tudo não passou de um blefe.

Mas, pelo visto, pareceram bastante intimidados, o que provava que ela havia se saído bem na encenação.

Após refletir, Natália enviou uma mensagem pelo WhatsApp para Fabiano, relatando brevemente o ocorrido.

Era para ele ficar alerta.

“Bum—”

Ao chegar no prédio onde morava, viu uma Hummer estacionada não muito longe, ao lado da qual se apoiava uma figura alta, com cachos facilmente reconhecíveis.

Ao vê-la, Valério caminhou em sua direção, um sorriso involuntário nos lábios.

“Nossa, hoje eu tô com sorte.”