Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 583

O rosto de Natália ficou imediatamente rubro.

Ela levantou a mão para cobrir a boca de Fabiano, proibindo-o de falar mais.

O que ela tinha aprendido nesses anos todos, palavras tão ferozes!

Justo nesse momento, a campainha tocou.

Ela rapidamente se levantou dos braços de Fabiano e foi abrir a porta para receber o jantar.

Pois, devido ao excesso de trabalho e ao cansaço, nenhum dos dois havia preparado a refeição.

À noite, os dois continuaram abraçados enquanto dormiam.

Depois de anos de solidão, Fabiano já estava farto daquela vida.

Mesmo apenas abraçando Natália, ele dormia tranquilamente.

Na manhã seguinte.

Natália foi para a empresa e continuou trabalhando.

O projeto do edifício farmacêutico estava prestes a terminar, e após o incidente de ontem, o grupo acelerou o progresso para concluir a obra o quanto antes.

Para não afetar o pagamento final.

Patrícia, sentindo-se culpada, aproximou-se de Natália para se desculpar.

"Natália, desculpe, este era meu projeto, e você acabou assumindo uma grande responsabilidade por minha causa. O projeto está quase concluído, eu posso cuidar do resto, para que você possa se concentrar no seu trabalho."

Natália não achou que fosse grande coisa.

"Afinal, eles vieram atrás de Fabiano. Mesmo que não fosse meu projeto, eu ajudaria de qualquer maneira. Além do mais, devo agradecer por você ter me passado este projeto. Caso contrário, se algo mais grave acontecesse ontem, estaríamos em uma situação complicada."

Patrícia também estava bastante assustada.

Ela exclamou, "Sim, ainda bem que você estava lá. Na hora crítica, você conseguiu reverter a situação. Você realmente faz jus ao título de esposa do dono do Grupo Paz. Fabiano deve se considerar muito sortudo por ter você."

Natália, um pouco constrangida, corrigiu, "Nós ainda não nos casamos novamente, então não é correto me chamar de esposa."

"Mas isso não é apenas uma questão de tempo? Chamar ou não chamar, é apenas uma questão de um documento."

Patrícia já tinha visto tudo, "Você, neste vida, não vai conseguir se livrar dele. Ele te tem nas mãos, casada ou não."

Natália não confirmou nem negou.

Ela piscou, "Então, quando nos casarmos novamente, te convidarei para ser minha dama de honra."

Patrícia balançou a cabeça como se fosse um brinquedo, "Melhor não, eu já estou com dor de cabeça suficiente com minha família me pressionando para casar. Se eu pegar seu buquê, minha mãe vai querer que eu encontre alguém e me case imediatamente."

Natália falou em tom baixo, "Se você quiser encontrar alguém, o hospital privado ao lado tem um médico disponível."

Patrícia entendeu imediatamente a quem ela se referia.

Ela rapidamente encerrou a conversa, "Chega, eu ainda não quero me casar. Vamos encerrar este assunto aqui."

Falando nisso, Urbano Teixeira entrou pela porta, caminhando em direção a elas, seguido por uma jovem magra e vivaz.

A garota usava um traje esportivo, tinha cabelos longos e cacheados, um rosto redondo e olhos grandes, exalando uma aura de simpatia e charme.

Ela chamou a atenção de muitos no escritório.

Natália a reconheceu imediatamente.

Sónia?

Não era a adorável e devotada sobrinha de Fabiano?

Sónia, seguindo Urbano, olhou em volta e, ao ver Natália, seus olhos brilharam, e ela acenou imediatamente.

"Bom dia, tia!"

Natália instintivamente respondeu ao cumprimento, "O que você está fazendo aqui?"

Realmente, era de família.

Ela dirigiu até o endereço de Sónia, que era um prédio abandonado, devido à sua distância do centro da cidade, havia ficado desabitado por muito tempo, cercado por um terreno selvagem.

Natália nem sabia como Sónia tinha encontrado esse lugar.

"Tia, chegamos!"

Sónia foi a primeira a sair do carro, caminhando para dentro com seus tênis esportivos.

O caminho de concreto estava erodido pelo tempo, antigo, com ervas daninhas crescendo dos dois lados, Natália tentou se manter no concreto, seguindo-a para dentro.

Até que, depois de algumas centenas de metros, uma pequena parte da estrada chamou a atenção de Natália.

Ela parou, olhando fixamente para aquele caminho.

Tinha chovido recentemente, e a superfície da estrada estava muito limpa, diferente das outras, era de concreto fresco, pela experiência de Natália, não havia solidificado há mais de um mês.

Embora a superfície da estrada fosse muito áspera e feita de maneira descuidada, ela ainda podia perceber isso.

Em um lugar deserto como este, por que alguém se daria ao trabalho de pavimentar um caminho de concreto que não leva a lugar algum?

Quanto mais Natália pensava, mais pesada se tornava sua premonição.

Ela se agachou, examinando cuidadosamente o estado de solidificação do concreto.

Mal discernindo algo, sua expressão mudou, suas pupilas se contraíram abruptamente -

"Tia, o que você está olhando?"

Sónia, vendo que ela não se movia, se aproximou, confusa.

"Não venha para cá!"

Natália a deteve imediatamente, seu rosto já pálido como papel.