Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 602

Patrícia não acreditava. "Não te dei um aquecedor elétrico?"

"Ainda está frio, não me acostumei."

"Então, por que você tinha que vir? E ainda trouxe o Branco!"

Ela pensou que, voltando para a casa no Ano Novo, finalmente poderia ter um descanso, pelo menos ficar sozinha por um tempo, longe dele.

Mas ele acabou vindo junto.

Patrícia sentiu uma dor de cabeça naquele momento.

Ela não conseguia explicar o turbilhão de emoções dentro dela.

"Por que você acha que eu vim?"

Gabriel deu um passo à frente, sua alta estatura a cercando contra a porta, tão perto que ela quase podia sentir o aroma de neve que vinha dele.

Era o cheiro da terra natal dela.

Patrícia desviou o olhar, evitando-o.

Ela tentou mudar de assunto, contornando-o para ir para fora. "Está frio, né? Vou buscar mais carvão para você."

Gabriel segurou seu pulso, puxando-a de volta.

"Isso é realmente necessário?" ele disse diretamente, "Não seria melhor nos aquecermos juntos?"

Patrícia arregalou os olhos. "Você está louco?"

Gabriel respondeu: "Não é como se nunca tivéssemos dormido juntos antes."

Assim que ele terminou de falar, Patrícia soltou sua mão e saiu, deixando-o para trás com um olhar implacável.

Gabriel ficou parado, com a mão vazia, até que Branco veio correndo alegremente para brincar com suas pernas. Ele se agachou e acariciou a cabeça do cachorro, suspirando profundamente.

"Está se divertindo tanto?"

Branco, coberto de neve, sorria para ele, "Au!"

"Bobão, sua mãe nem quer você, e você ainda está feliz."

Os últimos dias foram frios, com muita neve.

A temperatura na planície era baixa, e a noite trazia um vento frio, muito diferente do clima ameno do sul.

Patrícia adicionou um recipiente de carvão na tenda de feltro, colocou mais um cobertor de lã e garantiu ventilação adequada antes de se levantar e bater as mãos.

"Pronto, vamos dormir. Isso já é um tratamento cinco estrelas. Se ainda não conseguir dormir, abrace o Branco e vista algo mais grosso."

Gabriel, parado na porta, parecia ainda ter algo a dizer.

"Tem certeza de que não quer dormir comigo?"

Natália observou por um momento, um sorriso surgindo em seus lábios.

É bom ter luz.

"Você gosta?"

De repente, um aperto em sua cintura, uma mão grande a puxou para mais perto, a voz rouca de um homem que acabara de acordar soou ao seu lado.

Com as costas pressionadas contra o peito dele, Natália sorriu mais abertamente.

"Gosto."

Ela puxou a mão dele, colocando-a junto à dela sob o sol, anéis de casamento em ambas as mãos, combinando perfeitamente.

O sol brilhava de lado, iluminando-os com um contorno luminoso.

Era uma cena linda.

Fabiano virou a mão, entrelaçando seus dedos com os dela, e no momento seguinte, rolou por cima dela, sua respiração enchendo o pescoço dela.

"Primeiro dia do ano, vamos tentar de novo."

Natália "... você não se cansa?"

"Ter filhos é o que importa."