Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 611

Acordou?

Natália ficou parada por um momento, com a imagem daquela menina do orfanato surgindo em sua mente.

Ela perguntou instintivamente: “O que vai acontecer com ele?”

“Ele é um assassino, carrega várias vidas nas costas. Com a queda de Severino Alfaro, todos os seus crimes serão revelados. Vida por vida, será condenado à morte.”

Natália mordeu o lábio, ficando em silêncio por alguns segundos.

Seu humor estava um tanto pesado.

Não era por simpatizar com um assassino, mas sim... aquela menina não teria mais um pai.

De agora em diante, ela seria rotulada como a filha de um assassino, uma órfã sem pai nem mãe, uma criança abandonada, uma presença perigosa com genes de assassino.

Sua vida seria muito difícil.

Tudo isso, deixado como um legado de sofrimento por pais irresponsáveis.

Natália respirou fundo e disse baixinho: “Peça à polícia para passar uma mensagem para ele, diga que sua filha está no orfanato esperando por ele com um relógio telefone.”

Fabiano olhou para ela de lado, acabou assentindo.

“Certo.”

Aproveitando um sinal vermelho, ele fez uma ligação.

Passou a mensagem de Natália.

A polícia disse que, considerando ser uma questão humanitária, seria possível atender o pedido.

Após desligar, Fabiano segurou a mão de Natália e a olhou.

“Não queria se envolver mais, por que fazer isso?”

Natália piscou, dando-lhe um sorriso.

“Talvez por estar prestes a ser mãe, eu tenha me tornado mais sentimental?”

Fabiano sorriu, não conseguindo conter o riso. “Só passou uma noite e já está tão ansiosa para ser mãe?”

Natália ficou envergonhada. “Não foi você que disse que queria um filho? Eu me preparei toda, até estudei sobre o que é preciso para engravidar.”

“Muito bem.”

Fabiano apertou sua mão, entrelaçando seus dedos.

“A Sra. Alves fez sua parte, agora é minha vez de agir. Não se preocupe, vou me esforçar para lhe dar um filho saudável e feliz.”

Natália queria dizer que ele não precisava se esforçar para ser assustador.

Se ele se esforçasse mais um pouco, ela provavelmente não aguentaria.

O sinal verde acendeu, e ela soltou sua mão, sentindo suas orelhas esquentarem.

“Concentre-se na direção.”

Fabiano, ainda querendo mais, com uma voz cheia de ternura.

“Como desejar, Sra. Alves.”

...

No hospital, na cama.

Um homem de meia-idade vestindo um uniforme listrado de hospital, com algemas em seus pulsos.

Apesar de enfraquecido, a pele morena-amarelada, as rugas na testa e a longa cicatriz no rosto ainda adicionavam uma aura sombria à sua presença.

Dois oficiais entraram, entregando-lhe um celular especial.

“Sua filha está no orfanato esperando sua ligação. Considerando todas as circunstâncias, só podemos lhe dar dez minutos.”

O homem ficou paralisado.

Ao ouvir as palavras “sua filha”, um brilho súbito apareceu em seus olhos opacos.

O tempo realmente não espera por ninguém.

O homem olhava para o cronômetro regressivo com uma relutância visível, deixando por fim uma frase.

"Leonor, tem que viver bem, tá bom?"

A menina do outro lado silenciou por dois segundos, dizendo baixinho "Eu sei, vou me esforçar para viver."

A ligação foi encerrada.

O homem já estava com o rosto banhado em lágrimas.

Ele sabia o seu destino e que não poderia alterá-lo.

A pessoa ao lado recolheu o celular, balançando a cabeça.

"Se sabia que ia acabar assim, por que começou? Com filho e ainda se envolvendo em coisas erradas, quem sofre é a criança."

No canto do orfanato.

O sol incidia de forma oblíqua, iluminando-a.

Estava um pouco frio, nada aconchegante.

A menina olhava fixamente para o relógio de pulso com desenhos de desenhos animados na cor rosa.

As lágrimas caíam uma a uma.

A professora se aproximou, agachando-se à sua frente.

"Você não tinha acabado de falar com seu pai? Por que ainda está chorando?"

Leonor levantou o olhar para o céu, as lágrimas corriam pelo seu pescoço, umedecendo a gola da camisa.

"Meu pai vai morrer."

"Eu nunca mais vou vê-lo."