Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 627

A figura de Valério era como o vento, em poucos segundos, já estava diante de Sónia, bloqueando a visão de Fabiano.

Os olhares dos dois se encontraram no ar.

As sobrancelhas de Fabiano se franziram ainda mais. "Por que é sempre você?"

Já era o suficiente estar próximo de Natália, mas por que agora estava enrolado com Sónia também?

Valério estava incomodado. "O que há de errado comigo? Não sou digno de aparecer na porta da sua casa?"

Fabiano permaneceu com a mesma expressão. "Não é."

Percebendo as faíscas que começavam a surgir no ar, Sónia rapidamente interveio, quebrando o silêncio carregado.

"Aquele tiozinho, foi minha culpa, eu causei problemas no bar, quase fui levada por alguém, ele gentilmente me levou ao hospital e depois me trouxe para casa, se você tem que brigar, brigue comigo, não com ele."

Sónia estava um pouco envergonhada.

De repente, lembrou-se de algo, rapidamente arregaçou as mangas, estendendo o braço em frente a Fabiano, dizendo com firmeza,

"Além disso, eu já fiz um exame completo, estou em ótimo estado de saúde, não há nenhum problema."

Fabiano observou sua postura, percebendo claramente as pequenas intenções em seu coração.

Ele estendeu a mão, tocou o pulso de Sónia, ouvindo por um momento, antes de finalmente retirar sua mão.

"Suba e vá dormir, não desça mais."

Sónia tentou protestar, "Mas..."

"Sónia, não me faça repetir." A voz de Fabiano se aprofundou.

Sónia, no final, temia ele, hesitou, lançando um olhar para Valério, antes de caminhar para dentro.

Depois de alguns passos, a voz de Fabiano soou novamente, "Lembre-se de tomar o suplemento de cálcio."

"Ah..."

Sónia acelerou seus passos, correndo escada acima.

Assim que subiu, encontrou Natália em seu pijama, saindo ao encontro, o corredor estava escuro, quase colidindo uma com a outra.

"Sónia?" Natália surpreendida, "Como você voltou tão tarde? O que aconteceu com sua mão?"

Sónia, vendo uma luz no fim do túnel, aproximou-se pedindo ajuda, "Tia, aquele bonitão de sobrenome Peixoto está na porta de nossa casa, meu tio está sendo muito hostil com ele, por favor, vá ver o que está acontecendo."

O bonitão de sobrenome Peixoto?

Natália perguntou, "Valério?"

"Sim, acho que é esse o nome."

Natália mudou de direção, descendo as escadas, "Vou lá embaixo ver."

Depois de ver Natália descendo, Sónia finalmente respirou aliviada.

Seu tio sempre ouvia sua tia, se ela não podia lidar com Fabiano, sua tia certamente poderia, não é?

Lá embaixo, Fabiano olhava para Valério, com um tom frio e distante, "O que foi? Não planeja ir embora? Quer que eu te convide para entrar?"

"Quem quer sentar no seu sofá, como se estivesse evitando ladrões!" Valério resmungou friamente, mas não mostrou sinais de querer ir embora. Ele hesitou por um momento, de repente perguntou, "Ela realmente tem aquela doença imunológica?"

Fabiano lançou-lhe um olhar, "Por que você está perguntando, não é da sua conta."

"Afinal de contas, nos conhecemos, não posso perguntar?"

"Você não precisa saber."

Valério não conseguiu se conter e começou a fazer uma série de perguntas, "Você não é o tio dela? Sua sobrinha está doente assim e você não cuida, ainda deixa ela ir para o bar, sendo você um médico, dirigindo uma empresa de biomedicina, ela está morrendo e você não pensa em uma solução, não procura alguém para desenvolver um medicamento, para tratá-la, vocês estão simplesmente desistindo... a família Alves realmente é assim?"

"Bang!"

Fabiano fechou a porta.

O mundo ficou completamente silencioso.

No canto inferior direito estava escrito um nome delicado, Sónia.

Então, a "pequena rica" que tinha doado cem mil de uma só vez para a associação, conforme mencionado no grupo há alguns dias, era ela?

Os olhos de Valério se fixaram por um momento.

Ela parecia bastante caridosa.

Comparada com Fabiano, ela certamente era mais encantadora que seu tio mais novo.

Na manhã seguinte, Natália e Fabiano iniciaram sua viagem, e Vitor, com alegria e entusiasmo, dirigiu-os ao aeroporto.

Ao mesmo tempo, Sónia foi levada por um grupo de seguranças enviados pela sua família.

Ela tentou resistir, mas seu pai a colocou diretamente no carro, sem deixar margem para discussão.

O avião decolou, subindo firmemente.

Lá fora, havia um mar de nuvens em camadas, com alguns pedaços de céu azul ocasionalmente visíveis.

Natália olhou para fora, com sua memória voltando quatro anos atrás.

Foi quando ela pegou um avião pela primeira vez, sentindo-se nervosa, ansiosa, contida e excitada, com ele ao seu lado.

O tempo voou, como se fosse uma vida passada.

Ela baixou a cabeça, olhando para as mãos entrelaçadas deles, sentindo um calor no coração.

"Se estiver cansado, durma um pouco."

A voz de Fabiano chegou aos seus ouvidos, profunda e suave.

Natália se apoiou em seu ombro, com os olhos brilhando "Não estou cansada, só penso como a vida é curta, devemos valorizar o presente, cada segundo é precioso."

Fabiano a abraçou, trazendo-a para mais perto em seus braços.

"Sim, vou ouvir a minha esposa."