Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 633

Elsa, ao ouvir, deu-lhe um tapa nas costas.

"Que conversa é essa, a moça já veio até a nossa casa, e você aí negando tudo, isso não é coisa de canalha?"

Elsa ficava cada vez mais irritada, mas temia que Patrícia ouvisse, então baixou a voz para advertir Gabriel.

"Eu te falo, não adianta dizer nada este ano, tem que seguir o planejamento direitinho, sem essa de ficar querendo terminar toda hora. No meio das festas de fim de ano, não me faça te dar um tapa."

Ao terminar, Elsa fechou a porta com um "bang".

"......"

Gabriel ficou do lado de fora, deu de ombros para Patrícia.

"Viu só? Isso que dá tentar explicar."

Patrícia torceu o canto da boca, sem saber o que dizer.

Gabriel se aproximou dela, suspirou baixinho, "Que tal, você fica tranquila este ano? Só para me ajudar, se você for embora, meu ano também está perdido."

Até Patrícia, que não entendia muito do assunto, percebia que os pais de Costa queriam que Gabriel se casasse logo.

Não é à toa que até tinham arranjado encontros às cegas para ele.

Ela sentia-se um pouco complicada e culpada.

Apertou os lábios, dizendo "Você realmente poderia ir nesses encontros às cegas, ficar comigo é só perda de tempo, pensando bem, não vale a pena."

Gabriel lançou-lhe um olhar.

"Patrícia, você está me entendendo mal?"

"Ah?"

"Eu sou do tipo que, quando precisa casar, simplesmente escolhe qualquer mulher para registrar o matrimônio?" Ele bufou levemente, "Eu ainda tenho o mínimo de responsabilidade e senso de moral como homem. Marcar encontros às cegas e escolher qualquer uma, isso seria justo com a pessoa?"

Patrícia ficou em silêncio.

Seu senso de moral é realmente alto.

Enquanto conversavam, Octávio entrou, segurando dois pares de dísticos, acenando para Gabriel.

"Você está ocupado?"

Gabriel, compreensivo, balançou a cabeça "Não."

"Então ótimo, vá até a casa antiga, limpe o chão e coloque os dísticos."

Gabriel "......"

Ele já sabia, assim que voltasse, todo trabalho duro seria dele.

Resignado, pegou os dísticos, não esquecendo de puxar a manga de Patrícia "Então estou indo, Branco fica com você, não se esqueça de passear com o cachorro por mim."

Octávio assentiu, totalmente cordial e erudito.

A casa antiga da família Costa não ficava longe da nova, apenas dez minutos de caminhada.

No caminho, Gabriel explicava para Patrícia "Não leva a mal, meu pai é um pouco socialmente ansioso, foca muito nos seus projetos de pesquisa, fala pouco, mas é gente boa, ele não tem nada contra você."

Patrícia "Oh......"

Mas ela logo percebeu "Por que está me apresentando a sua família, como se fôssemos realmente um casal?"

Gabriel sorriu, quase zombeteiro "Você tenta se distanciar tanto, como se nunca tivéssemos dormido juntos. Quem foi que ontem à noite ficou pedindo para ficar por cima, e depois acabou deitada em cima de mim sem se mover direito..."

"Pare!" Patrícia, com o rosto em chamas, interrompeu-o rapidamente, "Não fale mais, eu não quero ouvir."

Gabriel, satisfeito, fechou a boca.

Observando as pontas de seus ouvidos, que ficavam vermelhas e se estendiam até o pescoço, com algumas marcas vermelhas quase imperceptíveis em sua clavícula branca – tudo obra sua da noite anterior.

Gabriel olhou mais profundamente, se inclinando para sussurrar em seu ouvido "Da próxima vez que beber demais, não insista em ficar por cima, você fica toda mole, sem força, experimente de lado, é muito melhor."

Zum!

A cabeça de Patrícia explodiu completamente, furiosa disse "Cale-se, se falar mais uma palavra eu volto mesmo!"

"Tudo bem, tudo bem, não falo mais."

Ele naturalmente levantou o braço, colocando-o sobre os ombros dela "Eu estava errado, não fique brava."

No segundo seguinte, foi impiedosamente afastado por Patrícia.

Chegando à casa antiga, Gabriel puxou-a um pouco, retirou a chave e abriu a porta.

Era um pátio ainda maior, que acumulava poeira por estar sempre vazio. Ele pegou a vassoura no canto, limpou o pó do batente da porta e começou a colocar os dísticos.

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