Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 652

Valério com um brilho nos olhos disse: "Isso foi algo que eu encontrei, ela deixou no meu carro da última vez, algum problema?"

Fabiano fechou seu caderninho, sem dizer uma palavra.

"Me dê isso, eu devolvo pra ela na próxima vez que a ver."

Valério estendeu a mão para pegar, mas acabou não alcançando nada, pois Fabiano simplesmente guardou o certificado no próprio bolso.

"Não se preocupe, eu mesmo vou entregar a ela."

Valério ficou parado por um momento, balbuciou algo, querendo dizer mais, mas então Márcia chamou por ele da cozinha.

"Valério, venha servir a comida."

Valério, voltando a si, só pôde ir em direção à cozinha.

O almoço estava farto, pois, devido à gravidez de Natália, Márcia pediu que a empregada preparasse alguns pratos mais seguros.

Servidos um a um por Valério e a empregada.

"Manuel, deixa de limpar aquele par de garrafas e vem comer." Márcia chamou de longe.

"Estou indo."

Manuel lavou as mãos rapidamente e correu de volta, sentando-se ao lado de Valério.

Márcia tirou um envelope vermelho e, com um sorriso, entregou a Manuel.

"Aqui, pegue, é um presente de Ano Novo da tia Márcia."

Os olhos de Manuel brilharam instantaneamente, e ele aceitou com um sorriso que ia de orelha a orelha.

"Obrigado, tia Márcia, você é demais!"

Márcia, assumindo o papel de anciã, acrescentou algumas palavras.

"Você também, já está ficando grande, hora de pensar em namoro, preparar-se para o casamento. Quando chegar a hora, a tia Márcia vai cuidar de tudo."

Manuel, pegando um pouco de comida com o garfo, respondeu calmamente: "Valério também não é casado, ainda tenho tempo. Melhor pressioná-lo primeiro."

"Estou falando de vocês dois, ninguém vai escapar."

O olhar de Márcia se voltou para Valério, direta: "E você também, já está na hora de casar, sabia?"

Valério, concentrado em sua refeição, murmurou em resposta: "Mãe, estou ocupado, tenho um monte de coisas para fazer todos os dias, não tenho tempo para namorar ou casar. Para que eu quero uma esposa?"

"Como não? Você não entende a felicidade de ter uma família."

Márcia tentou persuadi-lo com paciência.

"Eu não preciso."

Manuel rapidamente acrescentou: "Eu também não."

"Mmm."

...

Enquanto isso, Patrícia Soares estava no escritório lidando com alguns trabalhos, e Gabriel Costa, discretamente, não a incomodou.

Perto do meio-dia, ela finalmente fechou o laptop e saiu, ouvindo barulhos na cozinha, um grande alvoroço.

Patrícia se dirigiu instintivamente para a cozinha, avistando a silhueta de um homem alto e esguio, com um avental infantil amarrado à cintura, totalmente concentrado no que fazia.

De repente, um barulho de estouro seguido pelo cheiro de queimado, Gabriel recuou com o óleo quente espirrando, protegendo o rosto com a tampa da panela enquanto se movia para frente aos poucos.

No próximo segundo, um dedo pálido atravessou o ar e, com um "clique", a energia foi desligada.

Gabriel levantou a cabeça ao ouvir o som, vendo o rosto delicado e deslumbrante de Patrícia.

Ela, com calma, tomou a tampa da panela de suas mãos e a colocou sobre a frigideira.

O barulho dentro da panela diminuiu cada vez mais, até parar completamente.

Gabriel tocou o nariz, "Desculpe, é a primeira vez que cozinho, não entendi como usar seus utensílios de cozinha."

Patrícia levantou os olhos para ele, "Por que você estaria cozinhando na minha casa, afinal?"

Gabriel tossiu levemente, murmurando para si mesmo, "Não é essa uma habilidade essencial para um homem casado? Não posso deixar a mulher sofrer por minha causa, não é?"