Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 662

O quarto estava um caos, com cacos por todo o chão.

Leonor estava com o rosto coberto de machucados e hematomas, sendo dominada por um homem que a segurava pelos cabelos e a socava repetidamente.

A raiva invadiu Patrícia instantaneamente.

"Pare!"

Ela gritou, correndo para dentro do cômodo.

Mas o homem era grande e forte, não a levando a sério.

Os socos continuaram, agora mais violentos.

"Maldita, não consegue nem preparar uma caipirinha direito, vive às minhas custas e ainda tenta me enfrentar!"

"Eu vou te matar!"

Quando Patrícia tocou o homem, ela foi brutalmente jogada no chão, e um bolo que carregava caiu, espalhando-se em pedaços.

O homem, com os olhos injetados, lançou-lhe um olhar feroz.

"Não se meta onde não é chamada!"

Aproveitando que Patrícia não tinha se levantado, ele se levantou, agarrou Leonor pelos cabelos com uma mão e começou a arrastá-la para fora, tratando-a com a leveza com que se trataria um cordeiro moribundo.

Leonor, com o rosto marcado por feridas e arrastando-se pelo chão, deixava cair lágrimas de desamparo.

"Patrícia, vá embora, não se preocupe comigo."

"Ele está bêbado, não o provoque..."

Patrícia, com raiva, pegou um cinzeiro do chão e o arremessou na cabeça do homem.

Um som abafado ecoou quando o cinzeiro atingiu o alvo, fazendo o homem se virar, furioso, e empurrá-la novamente.

"Você está pedindo para apanhar, vou acabar com você também!"

Patrícia caiu mais uma vez, cortando as mãos nos cacos de vidro espalhados pelo chão.

Quando parecia que o homem ia golpeá-la novamente.

Pum—

A porta de madeira foi arrombada, e uma figura alta e imponente entrou.

Antes que o homem pudesse reagir, foi atingido por um golpe forte, e Gabriel, avançando rapidamente, ajudou Patrícia a se levantar.

"Você está bem? Se machucou?"

Patrícia balançou a cabeça. "Estou bem, mas precisamos ajudar a Leonor."

Gabriel examinou-a rapidamente, notando facilmente os cortes em sua mão.

De repente, seu olhar se intensificou.

Patrícia cobriu as feridas com a manga.

Gabriel, fixando-se na manga dela, tirou um lenço desinfetante do bolso e cuidadosamente pressionou contra os cortes, falando de maneira suave.

"O que você vai fazer?"

O homem, coberto de sangue, tentou se levantar para confrontá-lo.

Pum!

Outro golpe, e o homem foi novamente ao chão.

O cinzeiro estava coberto de sangue, e o tapete branco agora estava tingido de vermelho, enquanto os gritos de dor do homem continuavam.

A força de Gabriel era implacável, atacando os pontos fracos do homem sem dar chance de defesa.

Pum.

Pum.

Pum!

Um golpe atrás do outro...

Até que o homem perdeu completamente a capacidade de lutar, e o cinzeiro ficou vermelho de sangue.

O homem jazia numa poça de sangue, respirando com dificuldade.

Gabriel se agachou, aproximando seu rosto bonito, e disse com um sorriso leve.

"Desculpe, mas você mexeu com minha esposa."