Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 673

No outro lado da linha, Márcia estava, incansavelmente, passando instruções.

"Às treze horas, já estarei te esperando aqui, então se apresse e não se atrase. Vista-se com elegância, arrume bem o cabelo e capriche na aparência, entendeu?"

Valério, resignado, respondeu: "Mãe, não precisa exagerar, não é como se eu fosse estrear em algo."

Márcia, com um tom sério, disse: "Isso é mais importante do que qualquer estreia, você tem que me ouvir, independentemente de gostar ou não, sua atitude deve ser positiva, caso contrário, ficarei muito irritada."

Valério, frustrado mas sem coragem para protestar, apenas concordou de maneira evasiva.

"Está bem, está bem."

Desde que o ano novo passou e, especialmente, após Natália se casar, Márcia começou a ficar ansiosa.

Ela temia que ele acabasse solteiro e solitário pelo resto da vida.

Mas Valério não queria se casar.

Na verdade, ele era totalmente contra a ideia.

Quando o Hummer se aproximou do café designado, fez uma bela manobra de drift e parou com precisão.

A porta do passageiro se abriu, Valério esticou as pernas, deu um sorriso de lado e, em seguida, chutou Manuel para fora do carro.

Com um "bang", a porta se trancou.

Manuel, pego de surpresa, protestou: "O que você está fazendo?"

Valério abaixou o vidro e gritou para fora: "Você que vá no meu lugar."

Ele disse, preguiçosamente: "De qualquer forma, você também já está na idade de se estabelecer, se não, seu velho não vai descansar em paz. Uma oportunidade de ouro como essa, claro que eu te dou a preferência."

"Vá se ferrar, seu manipulador!"

Manuel estava cheio de palavrões, mas antes que pudesse terminar, o Hummer já estava se afastando, deixando para trás uma imagem arrogante.

Manuel ficou parado lá, respirando os gases de escape.

A porta do café se abriu e Márcia saiu ao ouvir o barulho, avistando-o imediatamente e acenando para que se aproximasse.

Manuel, furioso, foi até ela para reclamar.

"Tia Márcia, olha só para ele... Já é ruim o suficiente ele não te ouvir, mas ainda me chutou para fora do carro. Ele está muito rebelde ultimamente, você deveria desistir dele!"

O tempo estava passando e a moça logo chegaria.

Márcia, sem tempo para ficar irritada, agarrou-se a Manuel como quem não quer perder a oportunidade.

"Bem, já que ele fugiu, você fica. Se der certo entre vocês, ótimo."

Manuel ficou perplexo.

Márcia não o soltou, arrastando-o para dentro do café.

Não demorou muito para a moça chegar.

Manuel, já acostumado com encontros arranjados, sentou-se obedientemente e escutou enquanto Márcia o elogiava exageradamente.

"Nosso pequeno é um rapaz excelente, bonito, de bom temperamento, puro e bondoso, e ainda por cima sabe como cuidar das pessoas..."

A garota do outro lado parecia desinteressada, claramente arrastada pela mãe para o encontro.

Quanto mais Manuel olhava para ela, mais familiar ela lhe parecia.

No momento em que ela se aproximou, ele a reconheceu imediatamente.

"É você?"

Ao ouvir sua voz, Sónia instintivamente olhou mais atentamente para o outro lado da mesa, e antes mesmo de conseguir ver claramente quem era, Manuel já estava apontando acusações.

“Tia Márcia, eu não posso ficar com ela!”

Sua voz era alta e firme. “Ela é namorada do Valério.”

“Você esqueceu que ela beijou o Valério da última vez?”

O olhar de Márcia pousou em Sónia, e num instante, ela se lembrou.

Essa não é a sobrinha do Fabiano?

Sónia também se deu conta, surpresa ao descobrir que o pretendente de sua amiga era ninguém menos que Manuel!

O mundo realmente é um ovo.

Se o tio dela descobrisse que ela estava num encontro às cegas, provavelmente a mataria com o olhar!

Sónia respirou fundo e virou-se para correr.

No segundo seguinte, Manuel saltou por cima da mesa, segurando firme seu chapéu, impedindo-a de fugir.

“Rápido, chame o Valério para o encontro às cegas, hoje o jogo é dele.”