Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 699

O sangue não parava de escorrer, tingindo de vermelho seu jaleco listrado.

A frente de sua roupa estava vermelha em uma grande área, uma visão meticulosamente chocante.

Gabriel limpou a boca, sentindo um forte gosto metálico se espalhar pela sua boca. Ele apoiou-se no chão com uma mão, levando alguns segundos para se recuperar.

"Rápido, chame um médico!"

Joaquim gritou alto, sua voz carregada de intensa ansiedade.

A enfermeira, ao ver a cena, correu imediatamente para chamar o médico.

Joaquim tentou ajudar Gabriel a se levantar, mas foi evitado por ele.

"Não se mexa." Ele disse com a voz baixa e rouca, apoiando-se no chão com uma mão, "Eu consigo me levantar sozinho."

Joaquim, com o rosto cheio de preocupação, teve que ceder.

A dignidade de um homem, às vezes, se manifesta em um instante.

Gabriel, apoiando-se na parede, ofegante, levantou-se do chão aos poucos.

Ele era alto e esguio, e mesmo tendo perdido um pouco de peso, mantinha um orgulho teimoso e indomável.

Ele estendeu a mão, tateando as paredes ao redor, tentando voltar ao seu quarto por conta própria.

Quando estendeu a mão, uma mão bem definida o estabilizou pelo braço.

Essa mão era fria, firme e forte, trazendo consigo um ar de distância e frescor.

Gabriel hesitou por um momento, mas logo esboçou um sorriso leve.

"Olha só, o Sr. Alves voltou da viagem."

Fabiano, vestido de preto, com o casaco umedecido pelo orvalho, parecia ter vindo direto do aeroporto. Ele segurou o pulso de Gabriel com firmeza, seu rosto sombrio como a noite.

No segundo seguinte, ele pressionou os dedos no pulso de Gabriel.

Após apenas alguns segundos, sua expressão se tornou cada vez mais sombria e ameaçadora.

Gabriel sentiu a força nos dedos de Fabiano e retirou a mão, sorrindo de maneira relaxada e casual.

"Para de checar, acabou de chegar e já está fazendo diagnóstico, que chato, hein?"

Fabiano não respondeu, virou-se para Joaquim e ordenou friamente.

"Procure o departamento de pesquisa e desenvolvimento, o departamento de controle, o departamento de patologia, o diretor geral, o vice-diretor, e os especialistas de todos os níveis. Reunião no nono andar em dez minutos."

Fabiano o observou, a expressão inalterada.

A tensão em suas mãos revelava sua raiva contida.

Ele apenas disse, "Se tiver mais alguma coisa para me dizer, fale agora."

Gabriel pensou por um momento, batendo na mesa de cabeceira onde estava seu celular, "Já que você voltou, não vou me fazer de rogado. Primeiro, me faça um favor, mantenha isso em segredo, não conte à minha família nem à Patrícia. Segundo, cuide bem dela por mim."

"Certo."

Fabiano concordou de forma sucinta e decisiva.

Gabriel, satisfeito, deitou-se na cama e tocou seus olhos, sua voz carregada de um leve lamento.

"Isso é bom, meu irmão voltou, agora posso descansar tranquilo."

"É uma pena..." ele disse, "Você prometeu que, quando voltasse, me traria os textos de Medicina Tradicional que me ensinou, mas agora não posso ler, e os pratos que aprendi contigo, não poderei fazer."

Ele olhou para o teto, sua voz cheia de um suspiro melancólico.

"As mulheres que ficam ao meu lado realmente sofrem."