Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 717

A voz do Joaquim mudou, ele olhava para ele incrédulo.

"Sr. Costa..."

"Vá agora." Gabriel o pressionou, "Enquanto eu ainda estou lúcido."

Ele estava bem ciente de seu estado.

Se nos últimos dias ele ainda conseguia se segurar, pensando que iria melhorar, então esta noite, a realidade lhe deu um golpe duro.

Se o destino chegou a isso.

Ele deveria fazer algo antecipadamente, pelo menos arrumar tudo.

Joaquim saiu com os olhos vermelhos, ainda se ouvia o som urgente dos aparelhos lá dentro, cada segundo era uma corrida contra o tempo.

Caminhando, Joaquim ligou para o Fabiano, explicando a situação de crise no hospital.

"Entendido, estou indo agora."

"Sr. Alves, e o advogado..."

"Convide-o também."

Fabiano desligou o telefone, voltando do terraço para o quarto principal, a noite já estava profunda, fresca, a luz do abajur ao lado da cama era quente e amarelada.

Natália estava apoiada na cabeceira da cama lendo um livro, ao vê-lo com a expressão tensa, perguntou instintivamente.

"Aconteceu alguma coisa?"

Fabiano abriu o armário para pegar um casaco, vestindo-o enquanto respondia.

"Algum problema no hospital, preciso ir lá, vá dormir, não precisa me esperar."

Natália quase imediatamente adivinhou: "A condição do Dr. Costa piorou?"

Fabiano pausou enquanto fechava os botões do casaco, não negou, nem confirmou: "A situação ainda é incerta, veremos quando eu chegar lá."

Natália sentiu um aperto no coração.

Pensou que com Patrícia concordando em ficar com a criança, o relacionamento deles melhoraria gradualmente.

Mas não esperava um acidente assim, pegando todos de surpresa.

Agora que a situação era crítica, ela não podia ajudar muito, só podia obedecer e não interferir nas decisões deles.

Natália se levantou da cama, ajudando-o a abotoar o casaco.

"Todos os meus bens, Joaquim vai resumir a quantia exata amanhã, todas as minhas economias serão divididas ao meio, uma metade para os meus pais, a outra para Patrícia."

"Além disso, todas as propriedades e veículos serão transferidos para o nome de Patrícia, sem condições."

Ela não se sentia segura nesta cidade, sempre agarrada àquele pequeno BMW e ao apartamento modesto.

Gabriel sentiu que deveria deixar algo para protegê-la.

Ele pensou por um momento, depois virou a cabeça na direção de Fabiano, com um sorriso leve.

"Fabiano, se eu morrer, por favor, cuide dela também. Meus dividendos anuais no Grupo Paz, sempre deixe uma parte para ela."

Fabiano sentiu um aperto no coração.

Ele se aproximou, ajustando a máscara de oxigênio dele, dizendo friamente: "Você ainda não morreu, já está arrumando tantos assuntos póstumos, só cuidar dela é suficiente? E a criança, você também vai abandonar?"

Gabriel ficou em silêncio por alguns segundos, seus dedos pendurados ao lado do corpo apertaram levemente.

Parecendo ter feito uma grande decisão, sua voz estava rouca ao extremo.

Ele disse lentamente, em voz baixa: "6 a 9 semanas é o período mais apropriado para um aborto, sendo também o momento em que os efeitos colaterais e os riscos são mínimos."