Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 743

Sónia desbloqueou a tela do celular, e antes que pudesse responder, a chamada do outro lado chegou.

Assim que atendeu, uma voz atraente e audaciosa ecoou do fone.

“Onde você está, por que não me respondeu?”

Sónia olhou para fora da porta, não havia ninguém.

Ela respondeu com a voz baixa: “O que você quer comigo?”

Do outro lado, Valério Pinos estava em um quarto de hospital vazio, com uma ligeira irritação entre as sobrancelhas.

“Minha mãe encontrou um especialista em imunologia, muito famoso tanto no Brasil quanto no exterior, eu trouxe ele para ver se pode ajudar no seu tratamento.”

Ao ouvir isso, os olhos de Sónia brilharam por um momento, mas logo perderam o brilho.

“Desculpa, eu mudei de hospital.” Ela disse, “Provavelmente não vou precisar do seu especialista por enquanto.”

“Para onde você foi?”

“Para um lugar do meu tio, eles desenvolveram um novo medicamento e vão começar os testes clínicos, então vim ser uma das primeiras voluntárias.”

Sónia olhou para o sol lá fora e suspirou.

“Mas aqui é tudo muito secreto e rigoroso, você provavelmente não conseguiria entrar.”

Valério, ao ouvir isso, criticou diretamente.

“Por que você gosta de se envolver nessas coisas? Se não está se voluntariando para proteger os animais, está em hospitais sendo cobaia, sempre se metendo em tudo, né?”

Sónia não se ofendeu, apenas sorriu.

“É fazer o bem, né.”

Ela olhou para as duas picadas em seu braço, e de repente se lembrou de algo, e disse a Valério.

“Se, eu digo se, alguma coisa der errado nos testes clínicos e eu infelizmente morrer, considerando o tempo que nos conhecemos, você poderia cuidar do Sombra, Cicatriz e General para mim? São gatos de rua que ninguém quer adotar porque são muito bravos, mas eu pago pela comida deles, eles podem ficar no seu zoológico?”

Valério ficou em silêncio, sem responder por um longo tempo.

Sónia esperou muito, pensando que ele tinha ficado chateado, e rapidamente retirou seu pedido.

“Eu estava errada, se for inconveniente para você, esqueça...”

Valério, segurando o celular, olhando para a cama vazia, com os dedos ficando brancos e uma irritação crescente nos olhos.

“Eu odeio quando as pessoas, diante de qualquer problema, só falam em morrer, mas você está bem viva, não está?”

Ele estava frustrado e, de repente, não queria mais conversar.

“Chega, vou procurar o Fabiano.”

Com isso, desligou o telefone de forma abrupta.

Manuel Barbosa estava encostado na porta do quarto, com os ombros caídos, num total desânimo.

“Como é que foi ficar irritado assim?”

Valério: “Não se meta.”

“E então, descobriu onde ela está?”

Valério guardou o celular, com um tom de voz firme: “Ela foi transferida.”

“Ah?”

Enquanto caminhava para fora, ele pegou as chaves do carro das mãos de Manuel.

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