Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 810

Na estreita fenda, o homem acabou de levantar os olhos, encontrando o olhar dele.

Aqueles olhos transbordavam um orgulho e cálculo descarados.

Hélder parou subitamente, sufocado pelo olhar intenso!

O silêncio tomou conta do elevador, restando apenas o denso aroma do homem que abruptamente se aproximou, e os seus lábios realmente tocaram os dela.

Ele até sugou levemente.

A mente de Noémia embaralhou, instintivamente ela o empurrou.

"Você, o que está fazendo?"

"Medo de você fugir."

Hugo a soltou, erguendo-se, sua voz não demonstrava nenhum traço de culpa, ainda por cima estava calmo.

"Apesar da concorrência ser grande, ainda quero te lembrar que, na sua lista de escolhas, eu estou no topo agora, certo?"

O coração de Noémia acelerou um pouco.

Ela já tinha sido cortejada por muitos, alguns de maneira insistente.

Mas alguém tão sério e audacioso como ele, realmente não havia.

Ela inclinou a cabeça, evitando o olhar direto e franco dele.

"Se é para competir, por que recorrer a beijos?"

O calor e o formigamento em seus lábios pareciam reter o toque recente, deixando seu coração em desordem.

"Quando as ações podem explicar, melhor evitar palavras."

Hugo sorriu de canto, um pouco orgulhoso: "Pelo menos, o efeito é muito mais eficaz."

Homens sabem como provocar homens.

Afinal, Gabriel uma vez o provocou assim, aprendendo a usar.

"Ding-dong—"

As portas do elevador se abriram.

Noémia voltou a si, com as bochechas avermelhadas, ela limpou a boca e saiu diretamente, sem olhar para trás.

Após alguns passos, ela parou, virou-se e entregou-lhe um lenço umedecido.

"O que foi?"

Noémia o olhou reprovadora: "Você manchou de batom…"

Ainda bem que a gravação já tinha terminado, senão, os dois pareceriam claramente que estavam se engraçando.

O impacto dessa noite foi demais, encontrando um ex-namorado desprezível, seu humor estava péssimo.

Noémia não estava mais disposta a ficar com ele, apressadamente encontrou seu cartão-chave, abriu a porta e entrou no seu quarto.

Do lado de fora, Hugo segurava o lenço, limpando o batom de seus lábios.

Pausou por um momento, pegou o celular, buscou um número e ligou para Uriel Silva.

Depois de um bom tempo, o telefone foi atendido, e uma voz infantil soou do outro lado.

"Alô, quem é?"

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