Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 96

Natália ficou imediatamente sem palavras.

Ele realmente sabia como humilhar alguém.

Em frente ao conjunto Bairro Magnético, Leandro estava sentado no carro, observando pelo retrovisor o LandRover se fundir ao tráfego e desaparecer de vista, com o semblante raramente carregado.

Ele tirou o celular do bolso e discou o número de seu assistente pessoal.

"Como está a compra da casa no Bairro Magnético?"

Ele precisava mudar Natália de casa o quanto antes, não podia mais permitir que ela e Fabiano morassem no mesmo andar.

"Sr. Reis, houve um contratempo, as últimas casas disponíveis no Bairro Magnético foram todas adquiridas pela família Alves, não sobrou nenhuma, eles usaram um canal de aprovação interna e não conseguimos competir com eles."

"A família Alves?"

"Sim, a que está no topo."

O assistente falou de forma enigmática, mas Leandro entendeu.

Desde tempos imemoriais, o comércio não supera a burocracia.

realmente não havia o que fazer.

Pensando nos comportamentos recentes de Fabiano, os olhos de Leandro se tornaram ainda mais sombrios.

"Deixe para lá, adiante o projeto do País T, quanto mais rápido, melhor."

"Sim."

O assistente concordou respeitosamente.

"A propósito, Sr. Reis, o lado do cliente está recentemente com falta de ovos, eles precisam de produtos de alta inteligência e qualidade, ainda nos falta uma entrega." O assistente continuou a reportar o próximo trabalho.

As sobrancelhas de Leandro estavam frias: "Entendi, encontre algumas estudantes de famílias com dificuldades financeiras na universidade para resolver isso."

"Sim."

"Além disso, não convém nos envolvermos diretamente nessa questão, deixe que o João cuide disso."

"Entendido."

Depois de desligar o telefone, Leandro guardou o celular e a sua expressão sombria desapareceu num instante, dando lugar novamente a um semblante afável e casual.

Ele acelerou o carro, deixando o conjunto habitacional rapidamente.

...

O tempo voava, e num piscar de olhos, mais uma semana se passou.

Natália já estava quase totalmente recuperada, até as feridas estavam perto de cicatrizar completamente.

Por sorte, devido ao seu estado de saúde, nos últimos dias ela não havia preparado o jantar para Fabiano, mas ele trouxe comida para o apartamento todos os dias para que comessem juntos.

A variedade de pratos era grande, com opções de carne e vegetarianas, incluindo sopas nutritivas que pareciam muito boas para o estômago, e Natália se sentia satisfeita, achando até que seu rosto havia engordado por causa dele.

Ela achava que, embora esse homem fosse um pouco brutal na cama e seus métodos fossem um pouco autoritários, ele era muito bom em outros aspectos.

Por exemplo, ele nunca foi mesquinho com dinheiro.

Ele era um dono generoso.

Essa era a avaliação de Natália sobre ele.

Mas Mesmo assim, isso não era suficiente para mover seu coração.

O que ela queria não era um dono, mas um fluxo constante de recursos que garantisse sua sobrevivência, com o qual só poderia contar ela mesma e mais ninguém.

"Buzz, buzz—"

O celular sobre a mesa começou a vibrar, trazendo de volta a atenção dispersa de Natália.

Ela colocou o livro de arquitetura que estava lendo de lado e olhou para o número. Era uma ligação de Pedro, e ela atendeu sem hesitar.

"Alô, pai!"

esse dinheiro, tudo veio dos momentos em que ela se esforçava sob Fabiano na cama.

Enquanto eles celebravam o início de uma nova vida, a dela havia caído num abismo.

Que alegria, que ironia.

Natália sorriu amargamente e desligou o celular, com os pensamentos à deriva.

Ela ainda se lembrava de quando, na aldeia, a preferência era por meninos, e muitas meninas foram enviadas embora, deixando os meninos para continuar a linhagem.

Agora, depois de uma década, os homens das redondezas eram abundantes, e o valor das mulheres subiu.

Mas, por mais que aumentasse, não passava de carne no açougue.

Falar mais sobre isso Era apenas ironia.

Ela balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos confusos e então se levantou para tomar banho.

Há algum tempo, a ferida não podia entrar em contato com a água, e era extremamente difícil para ela limpar o corpo todos os dias, mas agora que a ferida havia voltado a crescer, e ela podia cobri-las com um curativo à prova d'água, finalmente poderia desfrutar de um banho sob o chuveiro.

Como ela não se banhava adequadamente há algum tempo, o banho demorou mais do que o normal.

De repente, a água do chuveiro parou de correr intermitentemente por alguns instantes e, em seguida, parou abruptamente.

Natália, com A cabeça ainda cheia de espuma, não teve tempo de enxaguar e ficou um bom tempo mexendo no chuveiro, até perceber, com tristeza, que provavelmente o cano estava quebrado e a pressão da água não voltava.

Todos os outros pontos de água do apartamento também estavam secos.

Com o corpo pegajoso e o cabelo inacabado, foi como se tivesse levado uma pancada na cabeça.

Sem alternativa, Natália secou-se o melhor que pôde, vestiu-se às pressas e saiu, batendo na porta de Fabiano com os cabelos ainda úmidos.

Não demorou muito para ele abrir a porta, também vestindo um roupão branco e secando o cabelo com uma toalha, aparentemente tendo acabado de tomar banho.

Natália engoliu em seco e perguntou:

"Desculpe, vocês têm água? A tubulação do meu apartamento quebrou, a água parou de repente. Será que eu poderia usar seu chuveiro?"