Desejo Incontrolável Vingança

Bia
Já são quase uma da manhã e nada do Lucas chegar, ele nunca fez isso antes, mesmo antes da gente começar a…, bem, antes da gente começar com o nosso, o que nós temos, o fato é que ele nunca ficou tão tarde assim na rua em dia de semana. Durante todo esse tempo eu estive em seu quarto o esperando, pra gente ficar juntinhos, ou mesmo apenas dormir abraçados, mas a cada segundo que passa eu fico mais ansiosa, eu estou preocupada.
Levantei da cama dele, e sai de fininho no corredor, fui até a cozinha e bebi água, suspirei, liguei pra o celular dele é apenas chamava e caía na caixa postal.
Já chega! Meu pai precisa saber disso.
Fui até o quarto dos meus pais e bati na porta, poucos segundo depois minha mãe apareceu.
— Bia, está acordada a essa hora, o que aconteceu? - minha mãe perguntou sonolenta.
— Mãe eu passei em frente ao quarto do Lucas e a porta estava aberta, aí percebi que o mesmo ainda não voltou da rua, não acha estranho? Ele nunca fez isso antes. - tentei disfarçar, demonstrando apenas um pouco da minha preocupação.
— Bia, por mais que o Lucas seja um bom rapaz, ele é homem, a essas horas ele deve estar com alguém. - ela disse sorrindo e já ia voltar pra cama, quando de repente meu celular começou a tocar e suspirei aliviada ao ver que era o número do Lucas.
— Alô! - disse disfarçando o meu sorriso bobo no telefone para a minha mãe não desconfiar.
— Alô, eu achei esse celular no chão, ao lado de um rapaz desmaiado, ele está todo machucado e ensanguentado, já chamei o socorro e uma ambulância está vindo. - congelei ouvindo todas as palavras que a voz desconhecida dizia do outro lado do telefone.
— MÃE! PAI! - gritei ainda no corredor, os dois se assustaram e correram ao meu encontro.
— O que aconteceu Bia? - meu pai perguntou preocupado e eu relatei tudo o que ouvi e passei o telefone pra ele.
A pessoa passou a localização para o meu pai, rapidamente nós trocamos de roupa, e fomos para o local, mas ao chegar lá, só encontramos a pessoa que o encontrou caído, era um senhor de meia idade, que alegou tê-lo visto de longe e ao se aproximar o encontrou desacordado, e o celular ao lado dele.
— Então não foi assalto, pois não levaram o celular dele. - minha mãe disse pensativa enquanto meu pai dirigia desgovernado em direção ao hospital.
— Não foi mesmo, pois a porta do carro dele estava aberta e lá tinha carteira com documentos e até dinheiro, nada foi roubado. - meu pai com raiva.
Ao chegarmos no hospital meu pai foi na recepção levar a carteira com os documentos do Lucas e dar a entrada oficial, e eu e minha mãe corremos para a emergência, depois de um tempo aguardando na recepção, uma enfermeira aparece.
— Vocês são os parentes do Lucas? - nos perguntou seriamente.
— Sim! Como está o meu filho? - meu pai perguntou desesperado.
está sedado indusivamente, por causa dos medicamentos e só acordará amanhã, mas ele não corre nenhum de risco de vida. - a enfermeira nos explica, e eu chego até a chorar de tanto alívio.
— Ah graças a Deus! - minha mãe diz e faz o sinal da
ele está muito machucado, e ficará pelos menos uns três dias em observação no hospital. - a enfermeira reforça e nós concordamos, depois ela se retira e ficamos apenas os três conversando na sala de espera.
— Se eu pego os desgraçados que fizeram isso com meu filho, eu juro que chego até a matar. - meu pai diz vermelho de
assim desgraçados no plural amor? Nem sabemos ainda quem fez isso com ele. - minha mãe comenta e meu pai balança a cabeça.
— O Lucas é faixa preta, e ainda professor de artes marciais, acha mesmo que um qualquer no meio da rua ia causar esse estrago nele? No mínimo tinha mais de três pessoas. - o que meu pai diz faz todo o sentido, até parece vingança, mas o Lucas não tem inimigos aqui, ele não arrumou confusão com ninguém apenas com o….
— O Iago, só pode ter sido ele. - digo com raiva.
você não pode sair acusando as pessoas sem provas. - minha mãe me
Lucas não tem treta com ninguém daqui mãe, pelo contrário, ele se dá bem com todo mundo, a única confusão que ele arrumou aqui depois que chegou foi com o Iago. - digo já sentindo as lágrimas caindo ardentemente pelo meu rosto.
foi isso mesmo o que aconteceu eu mato aquele garoto! - meu pai disse com raiva e saiu meio surtado pelo corredor, com minha mãe atrás dele, tentando
sentei na cadeira, e pela primeira vez na noite, me permiti relaxar, o Lucas estava mal, mas pelo o que a enfermeira disse logo pela manhã ele estaria acordado.
meus pais voltaram, eu disse pra eles que ficaria com o Lucas, já que eles precisariam acordar no cedo no dia seguinte para trabalhar.
Tem certeza filha? - meu pai perguntou mais calmo e bebendo um copo de
ele só vai acordar amanhã, e vocês todos estaremos aqui quando ele acordar. - eu disse sorrindo, a real é que ninguém me tiraria de perto dele nesse
bem meu amor, te amo. - meu disse e me deu um beijo na