Desejo Incontrolável romance Capítulo 14

Lucas

Eu acho que nunca gostei de ninguém como eu gosto da Bia, aliás, acho não, tenho certeza,  em um piscar de olhos ela me fez terminar um namoro de um ano de duração, e isso somente porque ela ficou um dia inteiro sem falar comigo, eu fiquei louco, desesperado, e foi aí que eu me toquei que estou completamente apaixonado por ela.

E é isso o que me preocupa, não sou louco, sei que por mais que isso pareça certo pra mim e pra ela, aos olhos dos outros nós estamos errados, completamente errados, eu não sei o que fazer, o que decidir, e por hora, eu vou apenas viver o momento, por que é uma delícia, toda essa vibe que estamos vivendo, essa delícia de pele, corpo e alma que nós temos, é como se estivéssemos vivendo em um mundo só da gente.

Continuo com esses pensamentos desde o momento em que sai do trabalho até o instante em que cheguei em casa, e só parei porque comecei a ouvir vocês estranhas dentro de casa, me aproximei e logo identifiquei a voz da Marcela.

— Nossa eu não esperava uma atitude dessas vinda do Iago. - Marcela disse isso no momento em que eu entrei em casa e encarei o desgraçado do ex da Bia no meio da sala com outra mulher mais ou menos da idade da Marcela.

— O que esse imbecil tá fazendo aqui? - perguntei já fechando os punhos, pronto pra quebrar a cara dele novamente.

— Minha conversa é com a Bia. - o imbecil disse me encarando.

— Sua conversa é comigo desde o dia em que você tentou agarrar ela a força. - disse já sentindo o sangue subir nos olhos.

— Como é que é? Esse moleque tentou agarrar minha filha? - meu pai entrou de uma vez na sala, e sua expressão de raiva estava igual a minha.

— Estamos aqui para nos desculpar. - a mulher ao lado dele se pronunciou pela primeira vez. — Iago veio se explicar.

— Então a gente tava dançando, e ela tava dando moral e depois ficou me importando. - o safado disse como se a Bia fosse a culpada pelos seus atos, inclusive observei que a mesma permanecia calada o tempo todo e estava com os olhos marejados.

— Iago teve seus motivos e… - não esperei nem a velha terminar de falar e já peguei o desgraçado pelo colarinho e o levando até o portão aos socos e pontapés. — LARGA O MEU FILHO.

— VOCÊ PODE ENFIAR SEUS MOTIVOS NO OLHO DO SEU C#! - disse enquanto chutava a bunda dele em direção à saída. — SE AINDA CHEGAR PERTO DA BIA, EU TE MANDO PRO INFERNO!

— Marcela seu enteado é um louco! - a mãe do idiota disse vermelha de raiva, enquanto acompanhava o filho.

— Você nunca mais apareça na minha casa, nem você e nem esse idiota. - Marcela disse com raiva.

— Isso não vai ficar assim, eu vou prestar queixa na polícia. - a mulher disse com raiva.

— Se você fizer isso, a Bia também vai prestar queixa contra esse filho da mãe, e aí vamos ver quem fica mais encrencado com a polícia. - meu pai disse zangado.

— Vamos mãe! Relaxa que isso não vai ficar assim. - o imbecil disse me encarando e depois foi embora em um carro com a mãe dele.

Voltei pra dentro de casa, tudo o que eu queria era abraçar a Bia, beija-la, fazer carinho nela a noite inteira, mas por hora eu deixo ela deitada no sofá com a cabeça no colo da mãe, Marcela faz cafuné no cabelo dela, e ver ela ser amparada assim já me deixa mais conformado.

— Desculpa pai! Desculpa Marcela! Mas não deu pra escutar aquele cara dizendo aquelas coisas e não fazer nada. - eu disse meio sem jeito por causa da confusão que fiz, mas a real é que se pudesse voltar no tempo eu faria tudo de novo, não me arrependi nem por um minuto.

— Lucas, e aí? Pensou melhor em tudo? - sua voz soou um pouco seca.

— Pensei bastante Sara, o melhor é a gente continuar do jeito que está, não dá muito certo namorar a distância não. - falei decidido, queria logo chegar em casa e passar direto pro quarto da Bia, eu quero fazer muito carinho nela, passei a aula toda pensando nisso.

— Não se termina um namoro de tanto tempo assim dessa maneira Lucas. - ela disse meio chorosa e eu me senti mal.

— Olha Sara, me desculpa, mas continuar te enganado seria pior, eu sinto muito mesmo. - falei da melhor maneira possível.

— IMBECIL, EU NUNCA MAIS QUERO TE VER! ALIÁS, EU QUERO QUE VOCÊ MORRA. - disse e desligou na minha cara.

Eu suspirei fundo, sei que tô sendo um cafajeste com ela, mas é melhor assim, eu não posso e nem quero dar motivos pra Bia ficar com raiva de mim.

— Olha aí se não é o idiota lutador. - ouvi uma voz e começaram a bater nos vidros do meu carro.

Abri a porta e dei de cara com o Iago e mais três caras, cada um com porretes e barras de ferro nas mãos.

— Vamos ver se você é homem o suficiente pra encarar todo mundo aqui.