Bia
Lucas chega de uma vez em casa e me encontra no pé da escada, e diz:
— Precisamos conversar.
— Tudo bem! - respondo pra ele, pois sei que já vem com seu discursinho de sempre.
— Não podemos mais fazer aquilo que fizemos ontem Bia, não foi certo. - ele diz e eu corto o meu coração.
— É só o que você tem pra me dizer. - pergunto olhando em seus olhos.
— Como assim? - ele pergunta desentendido.
— Fui tocada daquela maneira pela primeira vez, fui chupada pela primeira vez, gozei pela primeira vez. - eu digo isso e percebo a expressão de desejo em seu rosto, ele está mordendo os lábios e me olhando de cima a baixo.
— Eu… eu… desculpa Bia. - ele diz com a respiração pesada e eu percebo um volume se formando na frente da sua roupa de moletom, ele sempre uma roupas desse estilo pra trabalhar.
— Porque as desculpas? Foi muito bom! - eu digo e percebo que ele se aproxima, passa a língua ao redor dos lábios, como se estivesse salivando.
— Você gostou? - pergunta com cara de tarado.
— muito! Foi uma delícia. - eu digo colando meu corpo no dele.
E ele fecha os olhos como se estivesse lutando contra algo dentro dele, e se afasta de mim.
— Não podemos! - ele diz se afastando, e vai direto pro quarto dele.
E eu vou pro meu, pego meus livros e tento estudar, mas é inútil, eu só consigo pensar no Lucas.
Até quando meu celular toca e vejo que é a Sumy.
— Escondendo o jogo né falsa? - ela diz e eu fico sem entender.
— Como assim amiga? Do que você está falando? - pergunto, a Sumy fica a cada dia mais doida.
— Mayke acabou dele falar que vai pra boate hoje com o seu irmão, e você nem me diz nada. - ela diz indignada.
— Amiga não estava sabendo, mas se arruma aí, que nós vamos também. - falo decidida.
Se o Lucas tá querendo ir causar na night, eu também vou, inclusive do jeito que eu conheço as mulheres dessa cidade, vão todas cair em cima dele que nem urubu.
— Mas seu pai não deixa você ir em boate! - ouço a voz da minha amiga ao telefone.
— Mas com o Lucas ele vai deixar. - digo e dou o assunto por encerrado.
Vou pro banheiro, tomo um banho daqueles, me arrumo toda, coloco um vestido tubinho preto, todo coladinho e bem curtinho, um salto gigante, penteio bem lindo os meus cabelos, faço uma make perfeita e estou pronta.
Escuto os passos do Lucas no corredor, e assim que ele passa vou devagar atrás dele.
— Tô saindo com uns amigos pai! - ele diz para meu pai que tá com minha mãe no sofá, ambos assistindo televisão.
— Tá bom filhão! Vai lá! Vai levar a Bia também? - meu pai pergunta já me vendo atrás dele.
— A Bia? - Lucas pergunta.
— Sim! Ele me chamou mais cedo. - eu digo e nesse momento ele vira de costas e paralisa me olhando de cima a baixo, ele pode até resistir, mas eu sei do efeito que eu causo nele. - Né Lucas?
Ele sobe os olhos e sustenta meu olhar.
— Si… sim. - diz e se vira novamente pra os meus pais.
— Tá aqui as chaves do carro, já que a Bia vai com você eu deixo, fica de olho nela, não deixa ela fazer besteira. - meu pai diz e eu reviro os olhos.
— Ta bom! Boa noite! Pai, Marcela. - Lucas diz e vai direto pra garagem. - e eu o acompanho calada.
— O que você está fazendo? - ele pergunta assim que entramos no carro.
— Só tô querendo curtir a balada, é super normal sair com o irmão, aliás, não se preocupe que eu não vou mais tentar nada com você. - eu digo e ele fecha a cara, parece que não gostou do que eu disse, esse garoto é bipolar, só pode. — Ah, e temos que passar na casa da Sumy pra pegar ela também.
Ele concorda e eu ensino o caminho, assim que ela entra toda animada no carro, já vai conversando pelos cotovelos e puxando assunto com o Lucas, que fala todo animado e educado com ela.
Chegamos na boate, e vamos acompanhando o Lucas, ele vai até uma mesa que já estão o Mayke e o Soni.
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