Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1031

Paula teve um pesadelo. Em seu sonho, Renato se recusava a perdoá-la, e todos a abandonavam.

Ao acordar, estava encolhida, com a expressão atordoada.

Na verdade, aquilo não era um sonho. Era a realidade. De fato, não havia mais ninguém ao seu lado.

Boom!

Outro barulho alto ecoou. Paula olhou para o céu lá fora, sentindo inexplicavelmente uma sensação de renovação.

Ela passou a noite toda terminando o cachecol que ainda não havia completado. Depois disso, guardou tudo o que havia preparado em uma grande mala.

Ela até escreveu mais uma carta.

Depois que tudo estava pronto, voltou para a cama.

A dor em seu abdômen voltou a arder, como se inúmeros facas estivessem se revirando dentro dela. Paula estava em uma agonia tão grande que não conseguia nem falar. Queria chamar um médico, mas não havia nenhum médico por perto, logo sabia que poderia morrer naquela noite.

A mulher não tinha forças nem para se virar, mas não queria morrer sozinha. Estava aterrorizada.

Ela ansiava por alguém ao seu lado.

“Dor...”

Em seu estado de confusão, conseguiu pronunciar apenas uma palavra.

A cuidadora estava profundamente adormecida, e o leve barulho que fez não a acordou.

Paula não conseguia alcançar o sistema de alerta de emergência ao seu lado. Não teve outra escolha a não ser esperar, lentamente, pelo fim inevitável. Isso deve ser carma, pensou!

Ela estava cheia de arrependimentos, mas já era tarde para arrependimentos.

No amanhecer, quando o céu começava a clarear, Paula não conseguiu resistir mais. Sua respiração cessou, e, de certo modo, encontrou seu alívio. “Ugh...”

Quando a cuidadora descobriu que algo havia acontecido, já se passavam duas horas, e ela havia perdido o calor do corpo.

“Madame Paula!”, a cuidadora gritou em voz alta.

A pessoa na cama não respondeu mais.

A cuidadora não pôde evitar de se sentir arrependida. “Como pude dormir tão profundamente?”

Durante tanto tempo, cuidou de Paula. Observando a transformação da mulher, não pôde deixar de derramar algumas lágrimas.

Paula morreu... Aquela mulher morreu assim, de repente... Cecília deu um suspiro profundo, tentando se acalmar.

Quando estava viva, a mulher sempre ansiava por ver Cecília, mas, infelizmente, seu desejo nunca se concretizou.

Felizmente, depois que Paula faleceu, ela apareceu.

A cuidadora também ligou para Cassandra e Matheus.

Os dois ainda não haviam chegado. Cassandra até disse à cuidadora: “Ela não é mais minha mãe. Ela morreu, e isso não tem nada a ver comigo. Não me ligue mais sobre ela.”

Lentamente, Cecília se aproximou da cama.

Ela estendeu a mão e levantou uma ponta do lençol branco, revelando o rosto magro e frágil de Paula.

Só agora Cecília acreditava plenamente que ela estava verdadeiramente morta!

“Não sei quando Matheus chegará, mas já liguei para ele”, disse a cuidadora.

“Obrigada”, respondeu Cecília com sinceridade.

A cuidadora balançou a cabeça. “Sem problemas. Sinto muito por ela, ter contraído uma doença tão grave.”

Enquanto as duas conversavam, Matheus chegou apressado.