Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1148

“Edu, você já é um garoto grande. Deveria dormir sozinho”, disse Cecilia com suavidade, mas dessa vez, ela não cedeu ao pedido dele.

Ela estava grávida e com dificuldades para dormir, então dividir a cama com seu filho cheio de energia não era uma opção. Pela primeira vez, rejeitou o apelo dele, e o menino ficou sem saber como reagir.

“Mamãe...”, o menino começou, tentando argumentar com um biquinho, mas ela o interrompeu antes que pudesse se alongar.

“Chega, filho. Nenhuma garota gosta de um menino que chora”, disse ela, tentando ser firme, mas com carinho.

Sem alternativas, o garoto suspirou derrotado. Agarrou seu travesseiro com força e voltou para o próprio quarto, parecendo abatido.

Entretanto, sua mente continuava agitada. Não conseguia se livrar da sensação de que algo poderia dar errado, então pegou o telefone de pulso e ligou para o irmão. “Jon, você não acha que nada de ruim vai acontecer com a mamãe hoje à noite, não é?”, ele perguntou, com a voz cheia de preocupação.

A resposta de Jonathan foi tranquila e lógica. “É muito cedo para que qualquer coisa aconteça. Mamãe acabou de ir para a residência de Rainsworth, e a vovó Elena também está lá. Eles não farão nada precipitado.”

Ao ouvir isso, Eduardo deu um suspiro de alívio. “Isso é bom.”

Com suas preocupações aliviadas, finalmente conseguiu dormir um pouco.

Na manhã seguinte, acordou cedo, com sua primeira preocupação sendo o bem-estar de sua mãe. Queria vê-la, para garantir que tudo estava bem.

Cecilia, no entanto, já estava acordada. Ela não havia dormido muito, provavelmente por não estar acostumada à cama desconhecida. “Edu, você acordou cedo. Vá se refrescar e vamos para a casa da vovó para o café da manhã”, disse ela com um sorriso.

Elena, preocupada em que se sentissem desconfortáveis com o novo ambiente, enviou alguém para convidá-los para o café da manhã. Ela queria trazer um pouco de vitalidade para sua casa, especialmente após todo o estresse vivido pela família.

“Ok”, o menino concordou animado.

Quando chegaram à casa de Elena, Nicholas e Cassandra já estavam lá. O braço dela, ainda dolorido pela mordida, estava envolto devido à visita ao hospital.

Sempre que ela via o menino, a dor se manifestava como um lembrete constante do incidente. Não podia acreditar que alguém tivesse ousado machucá-la daquela forma.

Assim que me casar com Nicholas, juro que vou ensinar a esse pirralho uma lição! Além disso, preciso me vingar da surra que Matheus levou!

Nicholas, ao notar o menino parado ao lado de Cecilia, chamou-o gentilmente: “Edu, venha se sentar comigo.”

Cassandra, por outro lado, não parecia impressionada. Zombava por dentro. Isso é ser inteligente? Meu futuro filho será muito mais esperto que esse pirralho.

Eduardo olhou rapidamente para cima, forçando um sorriso. “Claro que não. Você me salvou uma vez. Por que eu teria medo de você?”

Elena riu com prazer e colocou a mão sobre o braço do filho. “Viu, Nicholas? Você e Nathaniel são muito parecidos. Edu adora o pai, então como teria medo de você?”

Nicholas riu baixinho com as palavras dela, mas não deu sequência à conversa.

Cassandra, observando a troca descontraída, sentiu uma onda de amargura tomar conta de si. Ela se sentia uma estranha, fora de lugar, distante da alegria e calor compartilhados pela família.

Assim que o café da manhã terminou, ela se levantou, pegando Nicholas pela mão. “Querido, não vá ao escritório hoje. Vamos escolher algumas fotos de casamento juntos.”

Nicholas sorriu pacientemente. “Você pode escolher as fotos.”

Cassandra franziu a testa. “Não, eu quero que você venha comigo.”

Enquanto Elena observava a cena, um suspiro de nostalgia a invadiu. No passado, não gostava de Cecilia, mas agora, comparando-a com Cassandra, percebeu o quanto a jovem era mais graciosa. Quando ela se casou com Nathaniel, as coisas não eram tão complicadas.