Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1168

Ao ouvir as palavras de Diego, Cassiana ficou ainda mais ansiosa. Não podia se dar ao luxo de ficar mais tempo ali. “Por que está sendo tão desobediente? Quando eu digo para você sair, você sai!”, ela repreendeu, tentando disfarçar o medo de que, se ficasse mais tempo, Cecilia acabasse descobrindo a verdade.

No final, Cassiana teve que forçar Diego a sair, com lágrimas escorrendo pelo rosto dele enquanto ele acenava, relutante, para Eduardo.

Cecilia observava da porta, o olhar pensativo enquanto via a mãe e o filho desaparecerem à distância.

“Mamãe, o que houve?”, Eduardo perguntou, percebendo que sua mãe estava parada na porta, perdida em pensamentos.

Ele achava que ela não gostava de Cassiana e Diego, então logo acrescentou: “Se você não gosta deles, eu não brinco mais com ele.”

Cecilia balançou a cabeça e sorriu. “Não precisa. Se o Diego vier amanhã, quero que continue brincando com ele.”

Eduardo olhou confuso. “Por quê?”

Cecilia se agachou, encontrando os olhos do filho. “Você faria isso como um favor para mim?”

A expressão de Eduardo suavizou. Ele faria qualquer coisa por sua mãe.

“Claro, mamãe. Se isso te ajuda, não me importo de passar tempo com ele.”

Cecilia riu, tocada pela disposição dele. “Obrigada, mas não se force. Se não quiser ficar com ele, não precisa.”

Eduardo balançou a cabeça. “Na verdade, gostei de brincar com ele. Ele me faz sentir como um irmão mais velho.”

Eduardo sempre fora o irmão mais novo, mas essa foi sua primeira vez sendo o mais velho. A experiência o empolgou, e ele ficou feliz em assumir o papel.

“Então é por isso”, disse Cecilia com um sorriso caloroso. “Tudo bem então, continue brincando com o Diego, se for o que você quer.”

“Ok!”, Eduardo assentiu animado, a empolgação evidente.

Mais tarde, naquela noite, depois do jantar, Cecilia foi falar com Nathaniel. Queria compartilhar os acontecimentos estranhos do dia.

“Quem diria que a Quésia tem tanta influência? Nem o velho Sr. Rainsworth ousou enfrentá-la”, comentou Cecilia.

Ela soubera pelas empregadas que, quando Quésia estava disciplinando Felix mais cedo, até Niel tinha se juntado a ela, repreendendo o garoto.

Vai ser difícil se vingar de alguém como ela.

“Não, Edu está em casa me esperando. Se eu não voltar, ele vai ficar chateado.”

Nathaniel franziu a testa. “Por que não diz a ele que está trabalhando até tarde?”

Cecilia riu, sabendo onde isso ia dar. “Não se pode enganar uma criança, Nathaniel. Ele ia perceber que algo estava errado.”

“Então volte mais tarde.” Sem esperar uma resposta, Nathaniel a levantou no colo, carregando-a em direção ao quarto.

Assustada, Cecilia ofegou. “O que você está fazendo?”

Nathaniel sorriu. “Passa parte da noite aqui comigo. Esse pirralho não vai esperar tanto, vai?”

Sua voz estava carregada de emoção. Ele esperou tanto por aquele momento e, com Cecilia ali, não podia mais resistir.

O rosto de Cecilia parecia estar em chamas enquanto ela protestava: “Não, eu não posso ficar. Edu não pode ficar acordado até tão tarde, você sabe disso.”

Mas Nathaniel não estava ouvindo, seus braços a segurando firmemente. Com a altura do deck e sua gravidez, não havia como ela descer sozinha. Ela estava presa, tanto por Nathaniel quanto por seus próprios sentimentos.