Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1200

Cecilia levou um momento para reagir ao beijo. Quando abriu os olhos novamente, Nathaniel já estava deitado ao seu lado com sua grande mão segurando a dela.

Não conseguia fugir dele.

Cecilia sentiu certa dificuldade para respirar e, num impulso, mordeu os lábios de Nathaniel.

A dor fez com que parasse. O rosto de Nathaniel se mexeu enquanto falava, suas palavras carregadas de um leve cheiro de álcool. “Finalmente acordou.”

Cecilia franziu a testa. “Como chegou aqui? Levanta logo!”

Apesar de sua resistência, Nathaniel a segurava firme nos braços. “Não.”

Sempre que tentava empurrá-lo, abraçava mais forte.

Não só Nathaniel a estava abraçando, como também parecia se deliciar passando as mãos pelo seu corpo. A mulher ficou sem palavras. “Perdeu a cabeça? Não disse que estamos divorciados? O que pensa que está fazendo agora?”

A mão de Nathaniel estava queimando contra sua pele, sua respiração pesada. “Por que está me empurrando? É porque não esqueceu o Nicholas? Hã?”

Momentos depois, se viu sendo expulso do quarto e jogado na sala.

Cecilia, segurando a barriga com as mãos, advertiu: “Escute bem: se fizer isso comigo de novo, espero que faça as malas e vá embora.”

Depois que ficou grávida, os hormônios de Cecilia estavam a mil, o que a tornava propensa à irritabilidade. Teve a cara de pau de vir perturbar o meu descanso.

Nathaniel não entendia bem o que estava acontecendo com ele. Por algum motivo, sentia-se um pouco assustado com Cecilia. Sempre que a via irritada, afastava-se para o sofá da sala para dormir.

Talvez fosse o álcool que tinha bebido; os efeitos o alcançaram. Deitado no sofá, se sentia cada vez mais desconfortável.

“Ceci...” No seu sono, não pôde evitar chamar o nome de Cecilia.

Ela tentava dormir, mas os murmúrios incessantes de Nathaniel vindos da sala a mantinham acordada. Incapaz de adormecer, se levantou novamente.

Com medo de atrapalhar o descanso de Eduardo, não ousou levantar a voz. No entanto, não teve escolha a não ser estender a mão e cobrir a boca de Nathaniel.

Finalmente, pôde desfrutar de um momento de paz.

Não muito depois, o longo braço de Nathaniel a puxou de volta para o seu abraço. Felizmente, o sofá era grande o suficiente para evitar que caísse.

No dia seguinte, ao amanhecer, Eduardo saiu de seu quarto, esfregando os olhos, apenas para encontrar Nathaniel e Cecilia em uma posição estranha no sofá.

Apesar de estar um pouco tonto, Nathaniel havia deixado bastante espaço para ela, já que estava grávida.

Com medo de que caísse do sofá, ele dormiu na borda externa, sua preocupação o mantendo acordado a noite toda.

Eduardo olhou para a cena diante dele surpreso, com incredulidade estampada nos olhos.

“Mamãe...” chamou, não conseguindo segurar a curiosidade. “O que está acontecendo aqui? Brigaram ontem à noite?”

Ao ouvir a voz do filho, Cecilia abriu os olhos lentamente.

Quando percebeu que estava envolta nos braços de Nathaniel no sofá e que Eduardo tinha testemunhado aquilo, seu rosto se corou de vergonha.

Empurrou Nathaniel para longe.

O rapaz, que conseguira adormecer nas primeiras horas da manhã, estava indefeso quando, com um baque, caiu no chão.