Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 164

Cecilia olhou para o rosto que tanto amou durante metade da sua vida. “Sr. Rainsworth, não tínhamos um acordo?”

A mão que Nathaniel tinha colocado em seu rosto congelou assim que encontrou seus olhos claros e brilhantes.

Dava a impressão que naquele momento ela ia começar a chorar.

Nathaniel não conseguia entender o porquê, e uma tristeza foi crescendo dentro dele. Retirou sua mão, levantou-se da cama e saiu da enfermaria, sem dizer uma palavra.

Fora do quarto, ele não conseguia esquecer aquela expressão desconhecida nos olhos de Cecília.

Sr. Rainsworth?

Fumando um cigarro, sentou-se dentro do carro e discou o número de Marcelo. “Que dia é hoje?”

Eram duas da manhã quando Marcelo foi acordado, apenas para se deparar com uma pergunta que surgiu do nada.

Fez uma pausa para pensar, incapaz de se lembrar do que poderia ser. O fato de não saber o deixou sem escolha, a não ser levantar e verificar.

Não havia nenhum projeto para hoje e muito menos era dia de feriado.

Então encontrou uma notificação de aniversário em sua mídia social, dizendo que hoje era o aniversário de Cecília.

Na mesma hora ligou para Nathaniel.

“Sr. Rainsworth, hoje é o aniversário da Sra. Smith.”

Nos primeiros anos de casamento, Nathaniel havia se empenhado para não esquecer aquelas datas mais importantes.

Com o passar dos anos, e após o suposto sumiço de Cecilia, ele deixou de se importar com isso.

Realmente não tinha se lembrado que hoje era o seu aniversário.

Finalmente entendeu por que Cecilia estava agindo de maneira estranha e por que Cícero tinha chegado na noite anterior.

Percebendo que Nathaniel não havia respondido, Marcelo perguntou: “Sr. Rainsworth, devo comprar-lhe um presente?”

Nathaniel só recuperou os sentidos quando o cigarro queimou em seus dedos.

“Não precisa.”

Então desligou o telefone.

Nathaniel passou a noite inteira sentado no carro.

No dia seguinte, logo cedo, bateu na porta e entrou na enfermaria onde Cecília estava.

Sabia que ela poderia receber alta do hospital a qualquer momento.

“Vamos. Vou levá-la a um lugar”, disse com uma expressão séria.

Cecília olhou para ele, confusa. “Para onde vamos?”

“Você não disse que queria ver o garoto?”

Naquele momento, um brilho surgiu nos olhos de Cecília.

“Obrigada...”

Ao expressar a sua gratidão, percebeu que tinha sido um pouco indelicada.

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