Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1695

A curiosidade de Sandro aumentou. “O que tem ela?”

Eduardo se inclinou com um sorriso. “Ela é demais, sabe, não é só fofa, mas também durona quando precisa. Muitos caras acham esse tipo de força atraente.”

Ele disse isso de propósito, sabendo que provocaria uma reação.

Sandro apertou mais o volante, a condução oscilando entre rápida e lenta enquanto um lampejo de ciúme cruzava sua mente. “É mesmo?”, perguntou.

“Claro, quando ela e minha mãe Tavam trabalhando fora, a Carolina tinha um monte de pretendentes”, Eduardo disse, apoiando o queixo na mão. “Comparado com ela, você precisa se esforçar mais. Com essa cara de pedra, as meninas ficam com medo de chegar perto. Você não tá ficando velho? Seus pais não te pressionam pra casar?”

A menção aos pais tocou num ponto sensível no peito de Sandro.

Antes que Eduardo pudesse continuar, o homem o interrompeu rápido. “Você terminou o dever que a professora passou ontem? Se não, termina logo que puder.”

O jovem pretendia continuar provocando, mas ouvir falar do dever o fez entrar em pânico. Sem dizer mais nada, pegou os livros às pressas e começou a fazer o dever no carro.

Depois de deixar Eduardo no jardim de infância, Sandro se viu perdido em pensamentos enquanto voltava pra casa. Os eventos da noite anterior e as provocações de Eduardo ecoavam em sua mente. No passado, nunca sentiu necessidade de se comparar a outros homens. Mas agora, não conseguia evitar se perguntar, entre ele, Eric e os antigos pretendentes de Carolina, quem era realmente a melhor escolha?

Absorto nesses pensamentos, se pegou dirigindo sem pensar, as mãos guiando o carro em direção ao Grupo Jamieson. Ao estacionar do lado de fora da empresa, ficou no carro, observando em silêncio, pensando em abordar a mulher durante o intervalo pra conversar.

Nesse momento, a atenção de Sandro foi atraída por um carro estacionado num canto isolado. Seus instintos profissionais logo se ativaram, e o observou com cuidado. Momentos depois, duas figuras saíram, Cassandra e o pai dela.

Os dois pareciam estar numa conversa profunda, embora o conteúdo não estivesse claro. Pouco depois, outro carro chegou, e Miranda e o sogro dela, Roberto, desceram.

Após uma breve troca de gentilezas, os quatro entraram no mesmo veículo juntos.

“Sra. Smith”, começou, entregando um dispositivo de gravação. “Eu esbarrei na Cassandra e na Miranda hoje. Aqui tá a conversa delas. Elas tão planejando prejudicar o Grupo Jamieson, e você.”

Pega de surpresa, pegou o dispositivo rapidinho e o conectou ao computador. “Obrigada.”

Sandro não saiu logo. Seu olhar se voltou pro banheiro antes de dizer casualmente: “Acho que vou esperar ela aqui.”

Cecilia deu de ombros, deixando-o fazer o que quisesse. “Fique à vontade.”

Sandro se acomodou no sofá, esperando pacientemente que Carolina aparecesse. Dez minutos se passaram, depois trinta, mas a moça, que tinha entrado no banheiro, ainda não dava as caras. O homem franziu a testa, intrigado. Por que tá demorando tanto?

Enquanto isso, a moça estava quase louca de frustração, olhou o horário e cerrou os punhos. Por que ele ainda não foi embora? Eu não quero ficar aqui mais.