Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1722

“Sra. Jamieson”, Cecilia chamou suavemente enquanto entrava.

Ao som de sua voz, uma luz fraca cintilou nos olhos cansados de Quésia. “Ceci”, murmurou ela, com uma ternura rara em seu tom.

Apesar de seu desconforto, ela ergueu a mão trêmula e acenou. “Venha aqui e sente-se ao meu lado.”

Cecilia hesitou por um momento antes de se aproximar e se acomodar na cadeira ao lado da cama.

“Você parece...” Ela queria perguntar o que havia acontecido, mas as palavras vacilaram em sua língua.

Quésia, no entanto, riu levemente, afastando sua preocupação. “Não é nada. A mudança do tempo deve estar me fazendo parecer pior do que o normal. O médico me garantiu que não é nada sério.”

Cecilia deu um pequeno aceno de cabeça. “É bom saber.”

Quésia voltou o olhar para Celina. Entendendo a sugestão não dita, a assistente deu um pequeno aceno de cabeça antes de se retirar, fechando suavemente a porta atrás de si.

Agora, apenas mãe e filha permaneciam no quarto silencioso. O silêncio se instalou entre ambas. Nenhuma das duas falou, ambas sem saber o que dizer.

Quésia queria dizer a verdade e revelar o peso de sua doença, mas cada vez que as palavras chegavam à ponta da língua, ela hesitava, incapaz de se obrigar a dizê-las.

Ao invés disso, ela perguntou suavemente: “Ceci, você ainda me odeia?”

A jovem hesitou antes de balançar a cabeça lentamente. “Não consigo me lembrar claramente de tudo do passado..., mas para ser honesta, não te odeio.”

O peito de Quésia se apertou de emoção e, por um momento, ela sentiu como se pudesse chorar.

“Obrigada”, ela sussurrou. Não importa o quão fraco seu corpo estava, ela se recusava a parecer muito frágil na frente de sua filha.

“Você poderia... só uma vez, me chamar de mãe?”, perguntou Quésia, com sua voz quase implorando.

Cecilia enrijeceu, pega desprevenida.

Ela baixou o olhar e lutou para fazê-lo.

A mais velha viu sua hesitação e ofereceu um sorriso gentil. “Está tudo bem se não conseguir”, ela tranquilizou. “Ainda temos tempo.”

No fundo, ela não tinha certeza de quanto tempo realmente tinha, mas não queria sobrecarregar a filha com esse peso.

Cecilia assentiu. “Certo.”

Se Quésia estivesse lá por mim desde o início, eu teria ficado feliz.

Um sorriso amargo puxou seus lábios. Que pena — esse tipo de felicidade chegou tarde demais.

Seus dedos se fecharam em um punho, com um emaranhado de emoções se apertando em seu peito.

Eu realmente tenho uma mãe que me ama? O pensamento era quase estranho para si.

Ela havia aguentado demais, sofrido muitas traições. No passado, o menor ato de bondade era o suficiente para comovê-la. Mas agora, depois de tudo, ela não tinha certeza se acreditava mais em alguém.

Um elegante carro de luxo parou silenciosamente na frente de Cecilia. A janela abriu, revelando o rosto hipnotizante de Cícero.

“Entre”, disse ele.

A jovem piscou, pega desprevenida. Ela não esperava vê-lo. Recuperando os sentidos, ela abriu a porta e foi para o banco do passageiro.

“Por que está aqui?”, perguntou ela.

Cícero não respondeu imediatamente. Ao invés disso, ele ligou o motor e seguiu em frente.