Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1724

Cecilia dispensou a sugestão. “Não precisa. Levei o carro da empresa para o hospital e o motorista estava comigo o tempo todo. Você não precisa me buscar.”

Nathaniel hesitou por um momento antes de assentir. “Certo.”

Com isso, a família entrou.

Cecilia afundou no sofá, exausta. Embora seu rosto permanecesse ilegível, sua mente estava longe de estar calma. As palavras de Quésia e a confissão de Cícero a afetaram, fazendo-a ficar aérea.

Sem mais ninguém em quem confiar, ela finalmente foi até o escritório, onde transmitiu tudo a Nathaniel.

Ele a ouviu sem surpresa. “A Sra. Jamieson está certa. Você é a filha dela. Ela está fazendo isso de bom grado. Não há razão para você se sentir sobrecarregada por herdar o que é seu por direito.”

Cecilia também sabia disso. “Eu só... não sei o que fazer.”

Ela estava dividida — querendo abraçar o vínculo de mãe e filha com Quésia, mas com medo disso ao mesmo tempo. Ela já havia se machucado profundamente antes.

Paula passou anos manipulando-a sob o disfarce de amor materno, distorcendo seus pensamentos e culpando-a a cada passo. Cecilia ainda conseguia se lembrar do peso daquela culpa, da crença sufocante de que sua própria existência havia atrapalhado a carreira de sua mãe.

Nunca em seus piores pesadelos ela imaginou que Paula seria tão implacável e tão cruel que esperaria até seu último suspiro para revelar a verdade. Que ela nunca foi sua verdadeira filha.

Se Paula tivesse falado mais cedo, Cecilia não teria passado a infância carregando um fardo tão pesado. Ela não teria se culpado por cada passo em falso.

“Ceci, Quésia não é Paula”, disse Nathaniel, com sua voz firme e cada palavra pensada. “Eu posso ver isso, ela realmente te ama.”

Cecilia baixou o olhar, acenando levemente com a cabeça.

“Se está se sentindo sobrecarregada, não tenha pressa. Não há necessidade de se apressar”, acrescentou ele, gentilmente. “Não se pressione.”

Ela assentiu. “Certo.”

Assim que a conversa terminou, o telefone de Nathaniel tocou. Era Niel, pedindo-lhe para levar Cecilia para jantar em casa.

Surpreendentemente, até mesmo os membros da família Rainsworth — que uma vez a desprezaram — mudaram completamente sua atitude em relação a ela.

Dada a vasta riqueza sob o seu controle, qualquer movimento de bens atrairia a atenção. Não demorou muito para que a notícia se espalhasse e, inevitavelmente, chegou aos ouvidos de Cassandra.

Em casa, ela andava de um lado para o outro, completamente ansiosa.

“O que eu faço? Ela já está transferindo tudo para a Cecilia! O que devo fazer?” Sua voz estava cheia de desespero.

Rafael também estava perdido. “Você foi muito impaciente naquela época. Até ficar com metade teria sido melhor do que isso. Agora, você está sem nada.”

Cassandra se virou com sua frustração fervendo. Ver seu pai oferecendo nada além de uma retrospectiva e críticas apenas alimentou sua fúria.

Ela pegou o telefone e rapidamente discou o número de Miranda. “O que você está fazendo agora? Podemos nos encontrar?”

Miranda e Adriano também foram convocados de volta à Mansão Rainsworth para jantar.

Ela disse, baixando a voz: “Agora não. Viemos jantar na Mansão Rainsworth... e Cecilia também está aqui.”