Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1783

Enquanto isso, Adriano voltou correndo, segurando um monte de lenços, que entregou a Jonathan com uma cara de nojo.

“Vamos lá, termina logo que a gente vai pegar um sorvete.”

“Hmm...” Parecia que Jonathan estava fazendo força pra fazer cocô, aí disse: “Tá bom.”

Ele esticou a mão pra pegar os lenços.

De repente, Adriano sentiu como se sua mão tivesse esbarrado em algo.

Aí ouviu a voz chorosa de Jonathan, falando: “Nossa, tio, me desculpa. Sem querer, sujei sua mão de cocô.”

Embora Adriano não fosse obcecado por limpeza, nunca tinha encostado em cocô na vida.

Ele pulou na hora, jogando pro lado o que estava segurando.

“Argh!” Os gritos dele ecoavam um atrás do outro.

Enquanto segurava o riso, Eduardo tapou a própria boca.

Fingindo uma voz arrependida, Jonathan soluçou: “Tio Adriano, você não tá bravo comigo, né? Desculpa, juro que não foi de propósito.”

O homem estava quase chorando, mas não podia perder a paciência na frente das duas crianças.

“Toma mais cuidado da próxima vez, tá? Só limpa isso logo!”

Adriano levantou a mão, voltando pro carro ao lembrar que podia ter água lá dentro.

Mas procurou um tempão e não achou nada, então teve que voltar de mãos abanando.

“Jon, Edu, esperem aqui. Vou lavar as mãos.”

“Tá bom.”

As duas crianças pareciam super obedientes.

“Tio Adriano, volta logo. Tô esperando pra gente ir pegar sorvete.”

“Ok”, o homem saiu com uma cara amarrada.

Assim que viram ele ir embora, as duas crianças não seguraram mais o riso.

“Isso foi demais!”, exclamou Eduardo.

Jonathan saiu do mato. “Isso é só uma liçãozinha. Comparado com o que ele fez com a mamãe, não é nada.”

Ele fechou o punho. “A gente não pode deixa-lo se safar assim.”

Como é que esse menino ainda não sabe se limpar nessa idade?

Ainda bem que essas duas crianças ingênuas não fugiram. Antes, meu filho vivia dizendo como o Jonathan era inteligente. Mas agora, parece que é igual a qualquer criança.

O homem, com um sorriso animado, foi andando pro carro. “Tá bom, já tô indo”, disse.

Mal deu uns passos quando, de repente, viu o carro ligar do nada e vir direto pra cima dele.

Sentado no banco do motorista, Jonathan fingiu uma cara de confuso.

“Tio Adriano, por que o carro tá andando?”

“Tio, seu carro tem direção automática?”

O rosto de Adriano ficou branco.

Que direção automática? Meu carro não tem isso!

“Jon, p-pisa no freio agora!”

“Freio? Onde fica?”, perguntou.

“Logo debaixo dos seus pés!”, gritou Adriano, enquanto se jogava pra trás.

Jonathan baixou o olhar, focando no acelerador, e pisou fundo.