Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1817

No entanto, ao ver a outra naquele estado, Cassandra não sentiu nenhum pingo de culpa. “Esse relatório pode ser falso!”

Juliana ficou ainda mais furiosa. “Você realmente acha que eu mentiria sobre isso?”

Os lábios de Cassandra se curvaram levemente. “Nunca pensei que você duvidaria tanto de mim, a ponto de mandar testar a comida que eu fiz.” A forma como ela distorceu a culpa deixou a outra furiosa.

“Como você pode dizer isso? Você tem alguma consciência? De agora em diante, não confio mais em você. Pode esperar pra ver”, Juliana disse, cerrando os punhos. “O que você fez dessa vez vai te manter presa por ainda mais tempo.”

Ouvindo essas palavras, Cassandra abandonou a encenação. “Não diga que não te avisei. Eu posso ter feito a comida, mas foi você quem entregou. Se isso for investigado, você também vai ter responsabilidade. Quem garante que você não adicionou algo no caminho?”

Ela pausou antes de adicionar, em um tom provocador: “Você realmente odeia a Cecilia, não é? Tá de olho na herança da minha mãe também?”

“Sua maluca. Isso é um absurdo! Eu nunca faria isso!”, Juliana esbravejou, mas a outra sabia exatamente como provocá-la.

Rindo, Cassandra disse: “Bem, você pode contar isso pra polícia quando chegar a hora. Mas eu não vou admitir nada.”

Juliana não fazia ideia de como conseguiu sair dali. Ao pisar do lado de fora, respirou fundo, tremendo, o peito doendo como se estivesse sendo espetado por agulhas.

Ela veio até aqui com uma fagulha de esperança de que Cassandra pediria desculpas. Mas, em vez disso, não só se recusou a admitir qualquer erro, como tentou jogar a culpa nela.

Se Quésia tivesse realmente morrido, e uma investigação descobrisse a causa, Juliana tinha certeza de que Cassandra jogaria tudo em cima dela.

Como eu pude ser tão idiota? Por que acreditei nela?

Juliana assentiu. “Tá bom.”

As duas entraram no carro e voltaram para a residência dos Smith. A família Jamieson estava em Tudela havia algum tempo. Como os mais velhos não podiam ficar para sempre, decidiram partir no dia seguinte.

Mas Juliana falou: “Vovô, vovó, quero ficar.”

Benedita olhou surpresa. “Nossa, e por quê?”

“Quero trabalhar aqui”, Juliana disse, então se virou para Cecilia. “Tudo bem? Vou começar de baixo, prometo que não vou ser um peso. Se precisar, meus pais podem investir na empresa.”

A moça sorriu. “Não precisa de tudo isso. Se você quer trabalhar aqui, é bem-vinda a qualquer hora.”