Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1820

“Agora sim!”

Jonathan assentiu, satisfeito. “Tudo bem, não se preocupe, mamãe.”

Ouvindo a garantia dele, Cecilia finalmente se sentiu aliviada.

Naquela noite, após se arrumar, a moça teve uma breve conversa com Nathaniel. Então, sob o olhar sombrio e intenso dele, foi até o quarto de Quésia. “Mãe.”

A mulher já estava deitada, mas ainda não dormia. Ao ver a filha entrar, pareceu um pouco surpresa. “O que você tá fazendo aqui?”

Cecilia caminhou até a beirada da cama e se sentou. “Posso dormir com você hoje?”, perguntou.

Quésia hesitou por um momento, observando o rosto dela com atenção. “Você já é adulta agora, não devia dormir com a sua mãe. Você e Nathaniel finalmente estão juntos. Deveria focar na relação.”

De repente, Cecilia a abraçou forte. “Eu tô com ele há tantos anos, uma noite não vai fazer diferença. Só quero passar um tempo com você.”

“Outras crianças dormiam pertinho das mães quando eram pequenas... mas eu nunca tive isso”, disse isso pra convencer Quésia a deixá-la ficar.

Ouvindo essas palavras, sentiu uma culpa ainda mais profunda. Ergueu a mão, levemente enrugada, e acariciou suavemente o cabelo de sua filha. “Desculpa, minha filha querida.”

Cecilia percebeu o tremor na voz dela e se deu conta de que tinha falado algo errado. Rapidamente, se enfiou debaixo do cobertor e abraçou Quésia com força.

“Mãe, não se desculpe comigo. Eu sei que não foi de propósito. De agora em diante, vamos só ser boas uma com a outra. Chega de pedir desculpas.”

Quésia assentiu. “Tá bem... tá bem.”

Mas, no fundo, estava sofrendo. Não sabia quanto tempo ainda tinha. Se pudesse, gostaria de ficar ao lado da filha pra sempre.

Cecilia a abraçou forte, e foi só então que percebeu o quanto Quésia havia emagrecido. Era só pele e osso.

“Mãe, você acordou. Fui eu que te acordei? Você estava suando muito, então pensei em limpar pra você.”

Quésia balançou a cabeça. “Não”, disse. “Acordei sozinha.”

Logo acrescentou: “Talvez seja porque dormimos juntas, ficou meio quente, só isso.”

“É”, Cecilia assentiu, escolhendo não desmascará-la.

“Vou preparar o café da manhã. Levanta com calma”, disse suavemente, lançando um olhar ao rosto pálido dela.

Quésia assentiu. “Tá bem.”

Quando Cecilia saiu do quarto, a mulher se levantou lentamente. Abriu a gaveta ao lado da cama, pegou uma bolsa e tirou vários frascos de remédios. Pegou uma garrafa d’água e engoliu os comprimidos um a um.