Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1896

“E como você vai lidar com o Matheus, então?”, Nathaniel perguntou, sério.

Ele sabia que Cecília não estava ajudando por algum sentimento profundo, mas sim por causa de Renato.

Afinal, Matheus era o único filho dele.

“Ainda não decidi”, Cecília respondeu, fechando os olhos para descansar um pouco. Quando os abriu, disse: “Não tenho pressa. Preciso analisar melhor a situação.”

Matheus não procurava ela há tanto tempo, e agora, do nada, queria que ela o ajudasse a arranjar alguém. Isso a deixou desconfiada... Parecia que havia algo mais por trás disso.

“Justo.”

Logo chegaram ao hospital, e o carro parou.

Quando Cecília ia descer, Nathaniel segurou sua mão. Os olhos profundos e firmes dele se prenderam aos dela. “Cecília”, ele falou, baixinho.

“O que foi? Tem mais alguma coisa?”, ela perguntou, confusa.

“Chega um pouco mais perto.”

Ela se inclinou sem questionar.

Os lábios dele tocaram suavemente sua testa.

O motorista, percebendo o momento, virou o olhar educadamente para longe.

Cecília congelou por um instante, baixando a voz: “O que está fazendo?”

“Nada. Só um beijo na testa.”

Por algum motivo, a ideia de se separar dela, mesmo que só por uma noite, deixava Nathaniel inquieto.

O rosto de Cecília corou profundamente. Ela lançou a ele um olhar repreensor. “Tem gente por perto.”

“Está tudo bem, ninguém viu”, Nathaniel disse, totalmente tranquilo.

Cecília suspirou fundo. “Inacreditável...”

Quando tentou sair do carro de novo, ele segurou sua mão, sem soltar. “Eu te beijei. Você não acha que eu mereço um beijo de volta?”

De onde veio essa cara de pau? Eu nem pedi beijo.

Como você é um adulto e ainda age feito criança?

“Sim, obrigada pela ajuda”, Cecília disse.

“Imagina, é meu trabalho. Mas se algum dia estiver cansada demais pra vir, lembre-se, pode me chamar a qualquer hora.”

“Pode deixar, obrigada.”

Depois que a cuidadora saiu, Cecília colocou as coisas na mesa e sentou-se ao lado de Quésia. “Mãe, como está se sentindo hoje? Melhorou? Ainda sente dor?”

Ela deu um sorriso fraco. “Estou me sentindo muito melhor agora.”

“Que bom ouvir isso.”

Enquanto conversavam, Cecília levantou, lavou algumas cerejas e levou para Quésia. “Tome, coma um pouco de fruta.”

“Está bem.”

O médico recomendou que Quésia comesse mais para ganhar força. Mas o apetite dela quase tinha desaparecido. Às vezes, ela comia e acabava vomitando tudo.

Cecília sabia disso, mas o que mais poderia fazer? Se ela não ao menos tentasse fazer sua mãe comer, a situação só pioraria.