Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1944

Imediatamente, Matheus se virou para Cecilia e os outros, dizendo:

“Viu só? Fui realmente injustiçado.”

Cecilia permaneceu em silêncio.

Mesmo assim, Kauã e Patrícia ainda estavam com um pé atrás.

A filha deles raramente voltava tarde pra casa. Aquela era a primeira vez e também a primeira em que ela bebia tanto assim. Era difícil acreditar que Matheus não tivesse nenhuma responsabilidade.

Ao ver Cecilia ali, Catarina ficou um pouco confusa.

“Cecilia, você também está aqui?”

Patrícia logo se adiantou: “Houve um pequeno mal-entendido, mas agora está tudo certo. Catarina, você bebeu demais. É melhor descansar.”

“É, minha cabeça está doendo. Eu realmente exagerei”, admitiu ela.

Enquanto isso, Kauã convidou Cecilia e Matheus para saírem do quarto.

Lá fora, ele se desculpou com sinceridade:

“Sr. Smith, me desculpe por ter desconfiado do senhor.”

E voltou-se para Cecilia: “Ceci, mil perdões por ter te chamado a essa hora.”

Ela acenou com a mão. “Não se preocupe. O importante é que a Catarina está bem.”

“Sem dúvida.” Kauã assentiu e disse: “Ela sempre foi tão certinha. Nunca imaginamos que fosse mudar assim. Depois vamos conversar com ela.”

Como não havia mais o que fazer ali, Cecilia e Matheus se despediram.

Ao sair, Cecilia parou Matheus.

“Hoje eu te julguei mal. Me desculpa.”

Ela havia tirado conclusões precipitadas, achando que o irmão realmente tinha feito algo terrível.

Matheus fingiu estar magoado.

“Você ainda não confia em mim. Mas eu mudei de verdade. Gosto mesmo da Catarina. Dizem que o homem arrependido vale mais do que ouro, né?”

“É... me desculpa”, Cecilia repetiu o pedido.

Ela tinha cometido um erro, então nada mais justo do que reconhecer.

“Relaxa, você é minha irmã. Como é que eu poderia guardar rancor? Agora vou nessa.”

Kauã soltou um suspiro pesado.

“Sempre avisamos pra não sair sozinha com estranhos. Hoje você foi imprudente. Se não fosse por aquele garçom, teria sido um desastre.”

Como homem, Kauã entendia bem as verdadeiras intenções de outros homens.

Afinal, não se leva uma garota a um hotel por acaso.

Catarina passou a mão nas têmporas.

“Eu entendi”, disse ela. “Da próxima vez, vou tomar mais cuidado.”

Mesmo que Matheus não tivesse feito nada, ainda restava nela uma sensação de desconforto.

“Melhor nem ter próxima vez”, declarou Kauã.

“Entendi.” Catarina assentiu.

Patrícia se sentou ao lado da filha e disse: “Mandamos investigar o Matheus. Ele não é irmão de sangue da Ceci. Então, não se deixe enganar pela aparência.”

“Como assim?”, Catarina perguntou, intrigada.