Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1957

Ao ouvir aquilo, Stella sentiu uma onda de frio tomar conta dela. Estava prestes a falar novamente quando a voz ríspida de uma enfermeira gritou por trás: “Quem te deu permissão para usar o telefone?”

Ela desligou na hora e começou a apertar botões aleatoriamente para parecer que só estava brincando.

“Vaza”, murmurou. “Vou ligar para o Nathaniel. Se ele souber que estou aqui, vai vir me tirar. E quando isso acontecer, vocês vão pagar por tudo que fizeram!”

A enfermeira veio furiosa. “Doida, sua louca. Como ousa usar o telefone? Quer que eu te corte a mão?”

Stella recuou instintivamente. “Não, não, não vou fazer de novo.”

“Vai voltar ou não?”, a enfermeira perguntou, com um leve tom de deboche.

Por mais que não quisesse, Stella não tinha escolha. Se recusasse, a sedariam e isso era pior. Ela caminhou lentamente de volta para o quarto, esperando silenciosamente que a colega de quarto estivesse dormindo e não acordasse.

Quando abriu a porta e viu a outra mulher deitada, soltou finalmente um suspiro silencioso. Mas logo depois, soluços começaram a ecoar pelo quarto.

“Viu o que acontece quando tenta fugir?”, a colega repreendeu. “Vou quebrar suas pernas!”

“Não vou fazer de novo... realmente não vou...” Stella soluçava.

Choro e gritos eram rotina ali. Ninguém se dava ao trabalho de intervir.

Mais tarde, quando a enfermeira conferiu o telefone, percebeu que Stella tinha realmente feito uma ligação. Alguém atendeu, e a ligação foi gravada.

Por ordem do diretor do hospital, a enfermeira relatou o ocorrido.

Assim que soube, o diretor pegou o telefone e ligou para Cecilia.

Nos últimos dias, Stella vinha encenando bastante, mas dessa vez tinha vacilado.

“Obrigada”, disse Cecilia sinceramente.

Será que ela realmente achava que fingir loucura apagaria tudo? Como se isso funcionasse.

Quanto mais ela fingir, mais miserável vai ficar. Qual o sentido de viver se tem que fingir ser louca o tempo todo?

Ela não pretendia gastar mais energia com Stella.

Naquela noite, depois do trabalho, Cecilia passou para visitar Quésia. De alguma forma, a mulher tinha ficado sabendo do boato de que Rodrigo estava tramando nos bastidores para tirar o poder de Cecilia.

Quando Cecilia entrou no quarto, Rodrigo já estava lá, parado e tenso, com a cabeça baixa como um aluno levado.

“Cecilia, você chegou”, disse Quésia. O rosto dela tinha estado frio o dia todo, mas ao ver sua filha, suavizou um pouco.

A jovem assentiu. “Sim. Mãe, o que está acontecendo?”

“Nada sério”, respondeu ela, e em seguida se virou para Rodrigo. “Rodrigo, a filial não precisa mais da sua ajuda. Pode voltar. E lembre-se: não conte nada disso para os meus pais.”

A arrogância que o homem havia mostrado antes não estava mais lá. Ele assentiu várias vezes. “Entendi, Quésia.”