Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 2013

Patrícia pegou um talão de cheques e preencheu o valor e seu nome.

Catarina ficou ansiosa.

“Mãe, você não pode dar tanto a ela. No máximo, dê cem mil. É mais do que suficiente para cobrir as refeições. Na verdade, essas pessoas ainda vão ganhar dinheiro em cima da gente.”

“Silêncio!”, Patrícia retrucou, com o olhar gelado. “Já não perdemos a cara o suficiente?”

A mulher percebeu, pela expressão de Helena, que a idosa era um problema. Era melhor pagar do que deixar a reputação de sua filha sofrer um dano real.

Catarina nem tinha namorado ainda. Se aquela velha sujasse seu nome, perspectivas futuras seriam ainda mais difíceis de encontrar.

Helena não esperava receber seis milhões tão facilmente. Ela estendeu a mão para pegar o cheque, mas Patrícia o retirou.

“Passe um recibo para nós, para termos a prova de que pagamos. Não quero que você apareça para pedir mais quando o dinheiro acabar.”

“Isso é o mais apropriado”, a idosa concordou.

Helena preencheu o recibo, guardou o cheque no bolso e foi embora.

Observando sua saída triunfante, Catarina se irritou. “Mãe, você não vê que essa mulher é uma vigarista? Vi na internet que ela tentou dar um golpe na Cecília há poucos dias.”

“Quando isso aconteceu?”, Patrícia perguntou intrigada.

“Há apenas dois dias. Saiu na internet inteira. Você pode conferir.”

Patrícia leu as notícias e entendeu rapidamente a essência daquela idosa.

“Como a Cecília pode ter uma avó dessas?”

“Ela não é avó da Cecília”, explicou Catarina. “As duas não têm nenhum parentesco. Segundo os relatos, ela nunca ajudou a criar a Cecília.”

Patrícia soltou um longo suspiro.

“Bom, nada disso é da nossa conta. Seis milhões por paz e tranquilidade é um preço justo.”

A mulher então lhe explicou o quão ruim as consequências poderiam ter sido.

Catarina não sabia bem aonde ir, mas suas duas idas anteriores ao Clube Elite haviam terminado em desastre, então ela implorou a Cecilia que a levasse lá mais uma vez.

A última concordou com um sorriso desamparado.

Quando chegaram, Catarina já estava esperando do lado de fora.

“Cecilia, Carolina!” Ela acenou entusiasmada para as duas.

Ao ouvir a sua voz, Carolina pareceu perturbada. “Sra. Rainsworth, pode me chamar de Carol, como a chefe faz.”

Catarina abriu um sorriso deslumbrante.

“Tudo bem, Carol. Então, me chame de Catarina. ‘Sra. Rainsworth’ soa muito formal. Além disso, você salvou a minha vida.”

Sempre extrovertida, Catarina passou o braço pelo de Carolina.

Carolina não era tímida por natureza, mas a exuberância de Catarina a deixava um pouco confusa.