Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 2028

Matheus ficou sem palavras novamente.

Denise suspirou ao ver a expressão dele. “Você se arrependeu, certo? Trate bem a sua irmã de agora em diante.”

Ele assentiu com firmeza. “Eu não dava valor a tudo antes. Nunca mais vou machucá-la.” Infelizmente, o seu despertar chegou tarde demais. Ele olhou para Denise com sincera gratidão. “Você realmente me ensinou muito. E obrigado por acreditar que eu posso mudar.”

Denise retribuiu com um sorriso tímido e envergonhado. “Não diga isso. Não sou nem de longe tão habilidosa assim. Você ainda precisa descobrir por si mesmo.”

Matheus estudou de perto a sua fisionomia, e uma afeição que ele mesmo ainda não havia notado suavizou a sua expressão. “Se eu tivesse conhecido você antes.” Terminando de falar, ele remexeu no bolso, encontrou uma caixinha e ofereceu para Denise.

Denise piscou, confusa. “O que é isto?”

“Abra e veja.”

Ela pegou a caixinha e, sob o olhar expectante de Matheus, abriu-a, revelando um par de brincos delicados. “São meus?”

“Eu comprei. Você tem orelhas furadas, mas nunca usa brincos, então pensei em comprar um par para você.” No caminho de volta, ele notou uma barraca na beira da estrada vendendo joias feitas à mão.

Denise imediatamente empurrou a caixinha de volta para a mão dele. “Não posso aceitar isto.”

“Por que não?” Matheus hesitou. “Não custaram muito. Comprei numa barraca de rua. Custaram menos de 200,00.”

Uma barraca de rua... Menos de 200,00... Essa frase quase fez o queixo de Denise cair. Ela pegou os brincos novamente, agarrou Matheus pelo braço e caminhou em direção à porta.

“Está tudo bem. Vamos voltar. Você trabalhou o dia todo e deve estar exausto.”

“Tudo bem.”

Matheus ficou em silêncio durante todo o caminho para casa.

Já dentro do portão, ele pegou a mão de Denise. “Você acha que eu sou estúpido?”

Ela se virou e o encarou. “Claro que não. Você foi gentil hoje.”

“Na verdade, eu realmente admiro você. Uma jovem carregando o fardo de uma mãe e de um pai gravemente doentes... É incrível.” Ele sentia que, mesmo sendo adulto, não conseguiria fazer isso. Quando a minha mãe estava morrendo, eu nem tinha cumprido o meu dever de filho.