Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 32

Ao ouvir a conversa, Marcelo interveio.

Não era que ele gostasse de se intrometer nos assuntos dos outros, mas sim, tinha um talento especial para ler as expressões das pessoas.

Nos últimos tempos, além de seu trabalho, as principais atividades de seu chefe eram enviar homens para procurar Cecilia, além de suprimir os negócios de Cícero.

Na perspectiva do assistente, essa série de comportamentos definitivamente não era apenas porque Nathaniel não gostava de sua esposa.

Com o passar dos dias, o Rainsworth nunca desistiu de sua busca.

Na véspera de Natal, uma neve pesada estava caindo.

No passado, Cecilia sempre acompanhava o marido de volta à Mansão Rainsworth para celebrar a véspera de Natal.

Mas este ano foi diferente - Nathaniel foi sozinho.

Ao contrário das brincadeiras animadas em que fez quando a Smith faleceu, ele agora estava sentado sozinho, mal disposto a falar. A aura ao seu redor era tão intensa que impedia qualquer um de se aproximar.

Ele chegou com pressa e, da mesma maneira, voltou para Vila Daltonia.

Ao lado de fora, um cobertor de neve branca intocada havia se acumulado, apresentando uma visão agradável aos olhos.

Mas, por algum motivo, ele continuava sentindo que algo estava faltando...

Nathaniel ficou em frente à janela que ia do chão ao teto, acendendo um cigarro após o outro.

“Cecilia, é melhor torcer para que eu não a encontre!”

Atrás dele, alguém abriu a porta.

Nathaniel se virou, apenas para ver sua mãe, Elena, elegantemente vestida com trajes luxuosos, entrando.

“O que realmente está acontecendo com você? Sinto que desde a morte de Cecilia, você se tornou uma pessoa completamente diferente.”

Nathaniel permaneceu indiferente.

Ele permaneceu inalterado, do começo ao fim!

Incapaz de se conter por mais tempo, a mais velha expressou sua confusão: “Não me diga que se apaixonou? Mas ela não está mais aqui.”

Sem um momento de hesitação, Nathaniel declarou: “Como se ela fosse digna!”

Elena queria dizer algo mais, mas seu filho a expulsou.

A jovem do grupo usava o cabelo comprido e preso com simplicidade. Ela tinha um aparelho auditivo no ouvido e seu rosto era bonito e elegante. Seus olhos, vivos, eram particularmente impressionantes, mas possuindo uma profundidade de melancolia incomum para sua idade.

Ao lado dela estava um garotinho, com cerca de três ou quatro anos. Ele estava vestido com roupas casuais simples, mas carregava um ar de elegância discreta.

O jovem estava absorto, segurando uma cópia de um jornal financeiro nas mãos.

Do outro lado do pequeno estava Martha, que já tinha mais de cinquenta anos.

“Está na hora, Jon. Certifique-se de ouvir a vovó, certo?” Após olhar para o relógio, Cecilia acariciou a cabeça do filho.

Ao ouvir as palavras, Jonathan Smith obedientemente fechou o jornal, cobrindo silenciosamente a página sobre Nathaniel. Então, com um comportamento sério, ele respondeu: “Eu vou.”

O pequeno tinha pouco mais de três anos, mas se comportava como um adulto em miniatura.

Cecilia olhou para o menino que tinha uma semelhança impressionante com Nathaniel e não pôde deixar de segurá-lo com um pouco mais de força. “Você também deve cuidar bem do seu irmão mais novo.”

Ao lado dela, Martha gentilmente deu um tapinha em seu ombro.

“Continue. Vou cuidar bem dos dois meninos”, assegurou ela.

Acenando com a cabeça, Cecilia arrastou a mala para o avião com destino a Tudela.