Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 477

“Não faça força! O médico disse que você ainda pode ser curada!” A voz de Cecília estava rouca, e lágrimas caíam constantemente dos cantos de seus olhos.

“Tudo bem.”

Martha forçou um sorriso, tentando consolá-la.

Cecília segurou a mão de Martha e beijou-a.

“Martha...”

“Seja boazinha... Não chore, não chore...”

Os olhos de Cecília estavam vermelhos. “Certo, eu não vou chorar. Você vai ficar bem... Você vai ficar bem!”

Estava claro que Martha tentava resistir. Então olhou pela janela e contemplou a maravilhosa natureza que brilhava com a luz do sol. “Ceci... O Ano Novo está chegando...”

Ainda faltava uma semana para o final do ano.

Cecília concordou. “Sim, o Ano Novo chegou.”

“Vamos para casa. Eu não quero mais ficar... aqui.”

“Tudo bem, vamos para casa.”

Cecília estendeu a mão e pegou-a em seus braços.

Martha era muito magra e sua figura quase esquelética. Apesar de Cecilia não ser muito forte, ela achou fácil levantá-la.

Então foi andando pelo longo corredor enquanto conversava, com medo de que Martha suspirasse.

“Estamos indo agora mesmo para casa. Vamos comemorar o Ano Novo, fazer um pernil para festejar e até vestir roupas novas. Edu e Jon mal podem esperar para te abraçar.”

Enquanto Martha ouvia, a voz de Cecília foi ficando cada vez mais fraca e sua visão começou a ficar turva.

Cecília percebeu que sua respiração estava ficando cada vez mais fraca. Incapaz de suportar, ela disse: “Mãe! Mãe, você não pode ir embora, certo? Por favor! Você prometeu que ficaria comigo para sempre!”

Há muito tempo atrás, Martha acabou criando Cecilia como sendo sua própria filha.

Ouvindo-a chamar de ‘mãe’, ela reuniu todas as suas forças para responder com uma única palavra: “Sim.”

Assim que disse sua última palavra, a mão que estava apoiada em seu peito caiu sem forças para o lado.

Ela continuou olhando fixamente para o teto, sem responder.

Nathaniel disse a ele: “Acho melhor você sair.”

“Por que eu tenho que ser o único a sair daqui? Não deveria ser você?”, Eduardo reclamou.

Nathaniel não perdeu tempo com aquela discussão. Ele levantou-se, agarrou o garoto por trás e colocou-o para fora.

“Não cause problemas”, disse friamente.

Eduardo ficou surpreso, franzindo os lábios com medo, embora não ousasse retrucar.

Com um movimento rápido, Nathaniel fechou a porta. Então retornou para a cama e segurou a mão de Cecília.

“Chore o quanto quiser. Como não consigo te ver, então não precisa ter vergonha.”

Cecília permaneceu em silêncio.

Mesmo assim, Nathaniel subiu na cama e abraçou-a.