Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 526

O corpo de Cecília se enrijeceu no mesmo instante enquanto tentava afastá-lo, mas Nathaniel não cedeu. “Muito engraçado.”

O homem não respondeu. Em vez disso, pressionou os lábios contra os dela.

Cecília sentiu o sangue fluir ao contrário em suas veias, seu rosto esquentando, abriu a boca e mordeu o lábio de Nathaniel.

O homem parecia não se importar com a dor, continuando sem hesitar.

Sem ter o que fazer, os olhos de Cecília se encheram de raiva. O gosto metálico de sangue invadiu sua boca.

“Você me odeia?”, Nathaniel segurou seu rosto com uma das mãos grandes, os dedos passando de leve sobre os lábios dela.

Cecília evitou o toque e perguntou: “O que faria se visse fotos minhas na cama com outra pessoa?”

Ele provavelmente explodiria.

Como esperado, Nathaniel ficou em silêncio.

Enquanto permanecia quieto, Cecília mordeu seu ombro novamente, exatamente onde a última marca de mordida ainda era visível.

“Por que não responde?”, a moça perguntou.

Nathaniel a apertou com mais força. “Eu o mataria.”

Cecília o encarou, chocada. “E o que faria comigo?”

Nathaniel ficou atônito. Demorou um tempo para recuperar a compostura e responder: “Eu te prenderia e quebraria suas pernas.”

Cecília achou que ele estava brincando e não quis continuar a conversa.

“Me deixa levantar”, pediu, sentindo como se sua cintura fosse se partir.

Só então Nathaniel a soltou e perguntou, sério: “O que Matheus queria com você?”

“Nada demais. Ele só me contou que Paula foi solta por fingir estar doente”, respondeu Cecília, de forma curta.

A moça achava que a mulher teve sorte por ser velha. Se fosse mais nova, provavelmente teria inventado uma gravidez para sair da cadeia.

“Hoje em dia, não é fácil falsificar um laudo médico, mas também não é fácil desmascarar”, Nathaniel disse lentamente. “Vou pedir para Zacarias investigar.”

“Não precisa”, Cecília recusou de imediato. “Não quero dever favores a ele.”

“Ele te deve a vida. Isso é um assunto pequeno. Mesmo que eu não pedisse, ele deveria ajudar.”

Era a primeira vez que a moça lhe pedia um favor, e ele se endireitou imediatamente, provocando: “Quer que eu seja o pai de Jon e Edu? Claro, sem problemas!”

“Seja sério. Preciso que peça para seu pai realizar um diagnóstico de tumor cerebral para mim.”

Eric se endireitou de vez. “Alguém da sua família está doente?”

“Não.”

Cecília explicou brevemente a situação de Paula.

Agora entendendo a situação, Eric disse: “Ah, isso é simples. Não se preocupe, meu pai é especialista em identificar doenças falsas, vai saber na hora se ela está fingindo.”

“Obrigada, eu realmente aprecio.”

Se Paula estivesse alegando ter um tumor cerebral, precisaria apresentar todo tipo de laudo médico falso.

Cecília estava confiante de que um neurocirurgião renomado internacionalmente encontraria discrepâncias no caso da mulher, e então poderiam solicitar uma nova avaliação.

Enquanto isso, do outro lado da ligação, Eric olhou para o telefone e se levantou. “Acho que é melhor eu voltar para casa e checar isso pessoalmente.”