Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 687

Como esperado, Cecilia avistou a jovem cercada por um grupo de pessoas.

Por outro lado, Paula estava empurrada para um canto pela multidão, parecendo completamente desamparada.

Um brilho incomum cruzou os olhos de Cecilia, mas rapidamente desviou o olhar. “Vamos embora.”

“Tudo bem.”

Enquanto isso, Paula se encontrava de maneira estranha na multidão, esperando que a filha pudesse lhe dar uma mão. Porém, antes que pudesse pedir ajuda, alguém a empurrou inesperadamente para frente.

Ela caiu no chão. As pessoas que passavam a olharam, mas não ofereceram ajuda.

Uma dor aguda atravessou seu abdômen, como se estivesse sendo esfaqueada repetidamente. Queria se levantar, mas não importava o quanto tentasse, seu corpo se recusava a cooperar.

Paula olhou em direção a filha, apenas para encontrá-la absorta em assinar autógrafos e tirar fotos com fãs.

Sem outra opção, começou a reunir forças para se levantar sozinha. Nesse momento, uma voz veio de cima. “Sra. Paula, você precisa de ajuda?”

Paula congelou, levantando lentamente a cabeça, apenas para encontrar o olhar frio e implacável de Cecilia.

Suas pupilas se contraíram, e o pânico a invadiu. Tudo o que queria naquele momento era desaparecer e encontrar um canto onde a jovem não pudesse vê-la.

“O que você está fazendo aqui? Não preciso da ajuda de alguém como você”, a mulher respondeu, com um tom afiado e cortante. “Você só está aqui para zombar de mim, não está?”

Um brilho de diversão dançou nos olhos de Cecilia, o mais sutil toque de zombaria cruzando seu rosto.

Vivian, que estava perto, interveio para explicar: “Sra. Paula, Ceci e eu estávamos apenas por aqui.”

No entanto, a mulher não acreditou em suas palavras. Como poderia haver tal coincidência?

Apesar de se sentir envergonhada, lançou um olhar feroz para Cecilia. “Pare de mentir! Você realmente acha que não sei o que está pensando?”

Vivian lutava para compreender como uma mãe poderia ser tão cruel com a própria filha.

Mesmo em sua atual queda, a mulher falava com tal indiferença.

Vivian queria defender a amiga, mas Cecilia a interrompeu gentilmente. “Vamos.”

A amiga acenou em resposta.

Enquanto se viravam para sair, Paula, incapaz de se levantar sozinha, olhou ao redor em busca de ajuda. Sem ninguém se aproximar, relutantemente chamou Cecilia novamente. “Ei, você. Venha aqui e me ajude a levantar.”

Cecilia parou no meio do caminho, e Vivian, considerando que afinal era a mãe biológica dela, sugeriu: “Vou ajudá-la.”

Mais uma vez, Cecilia a impediu que se aproximasse de Paula. Sem olhar para trás, disse: “Não se preocupe. Apesar de suas limitações físicas, a Sra. Paula é forte e determinada. Tenho certeza de que consegue se virar sozinha.”