Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 689

“Mãe, você está se sentindo melhor agora?”, perguntou, sentando-se ao lado da cama.

O descontentamento anterior de Paula parecia derreter ao notar a filha ao seu lado até tarde da noite. “Muito melhor agora. Você teve um longo dia.”

“Sem problemas. Você é minha mãe. Preciso mostrar respeito e carinho”, respondeu Cassandra, segurando sua mão. Após um momento, acrescentou: “No entanto, há algo que venho querendo discutir, embora tenha hesitado porque não queria te preocupar.”

“O que aconteceu? Vá em frente, me conte.”

“Acho que seria sábio começar a planejar o futuro, dada a sua situação atual”, sugeriu Cassandra, tentando ser o mais diplomática possível.

Paula rapidamente entendeu a implicação. “Você está falando sobre arranjos para depois da minha morte? O médico não disse que, com tratamento, eu poderia viver por pelo menos mais dois anos?”

“Mãe, por favor, não fique chateada”, disse a filha suavemente. “Quero que você viva o máximo possível. Mas precisamos estar preparadas para o futuro. Se algo acontecer com você, como aconteceu hoje, eu não saberia o que fazer com seus bens.”

Paula ouviu em silêncio, e uma onda de desapontamento foi ressurgindo. “Querida, eu não tenho muito dinheiro sobrando.”

Vendo a relutância da mãe, Cassandra sentiu uma onda de irritação. “Você não confia em mim? Acha que só estou interessada nas suas economias? Lembre-se, não sou apenas sua filha, mas também filha adotiva de Quésia. Ela fez um testamento afirmando que todos os seus bens seriam passados para mim após sua morte. A família Jamieson é muito rica e influente. Você realmente acha que eu cobiço o seu dinheiro?”

“Além disso”, continuou: “Quésia pode ter sido minha mãe adotiva, mas você é minha mãe biológica. Não faz sentido que minha mãe adotiva se preocupe mais comigo do que minha mãe biológica, faz?”

A observação a atingiu em cheio.

Depois de dar à luz Cassandra, Paula a abandonou devido a problemas emocionais com Rafael.

Ela sempre se sentiu culpada por ter abandonado a filha, mas ouvi-la sugerir que sua mãe adotiva era mais carinhosa do que ela mesma, feriu fundo.

“Não foi isso que quis dizer”, Paula disse, visivelmente abalada. “Vá ao meu quarto e procure um recibo de depósito bancário no cofre. Leve-o ao banco. A senha é sua data de nascimento.”