Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 715

Ao ver a chamada recebida, a mulher atendeu sem demora. Nenhum dos dois falou e ela não queria tomar a iniciativa.

Depois de autorizar a saída dos outros, Nathaniel perguntou: “Por que não está falando?”

Quando a conhecida voz fria ecoou, Cecilia foi tranquilizada.

“Onde você está?”, perguntou ela.

“Cícero está com você?”

Não era de admirar que estivesse tão desconfiado. Encontrava-se naquele estado devido à sua falta de cautela.

“Não, estou sozinha no quarto”, respondeu. Entendia que ele não confiava nela, então não perguntou onde estava. Ao invés disso, perguntou: “Por que veio para Erihal?”

“Trabalho.”

Nunca admitiria que a havia seguido por que estava preocupado com sua segurança.

Cecilia não acreditou, mas não brigou com ele.

“Quando vai terminar? Não demore para voltar para casa.”

Sabia que havia algumas pessoas que o queriam morto ali, não apenas Cícero. No início do casamento, várias foram as tentativas de matá-lo no exterior.

Agora que era cego, sem dúvida era mais perigoso.

Do outro lado, o homem não respondeu e Marcelo entrou após bater na porta e, baixando a voz, disse: “Cícero chegou.”

Nathaniel compreendeu e pediu que o assistente saísse.

A presença dele confirmava que sua mulher estava, de fato, sozinha ,então se recostou na cadeira, os olhos fechados, e provocou: “Por que tem tanta pressa para que eu volte para casa? Preocupada com seu amigo?”

Suas palavras fizeram-no soltar uma risada fraca, mas não respondeu. Que desanimador, né?

Não imaginou que as coisas sairiam do controle daquela forma.

Nathaniel não prestou atenção nele e disse com suavidade à mulher: “Você ouviu, não ouviu? Já peguei a pessoa que me quer morto. Cícero também está aqui. Quer ouvi-lo? Afinal, vocês são amigos.”

Sem dar-se conta, Cecilia viu-se agitada. “Para com isso, Nathaniel.”

O coração do homem se encheu de uma sensação mórbida quando ouviu sua voz ansiosa. Ela nem ligou quando o mesmo aconteceu comigo. Mas ficou preocupada no momento em que mencionei Cícero. Sou um iludido. Ela só se importa com o amigo.

A mulher devia ter se esquecido de que estavam em Erihal e que, não importava quão capaz fosse, não podia matá-los.

O homem voltou para o quarto, bateu a porta com um estrondo numa tentativa de conter a raiva, então perguntou: “Quando seu amiguinho decidiu tentar me matar, você pediu a ele para parar? Hein?”

Cecilia não respondeu.

“Iria confrontá-lo se eu tivesse morrido?”, perguntou ele.