Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 719

Cícero entendeu o que ela quis dizer e sentiu um nó na garganta ao perceber.

Com pesar, a mulher disse: “Os meninos estão em Clusia, então não posso ficar aqui muito tempo.”

A expressão de Cícero não se alterou, mas havia cansaço sob suas sobrancelhas e olhos.

“Quando pretende ir embora?”, perguntou-lhe.

“Depois de amanhã.”

Verdade seja dita, ele não precisava de seus cuidados. Sua vinda parecia mais uma visita entre amigos, e ao ter sua resposta, não disse nada, apenas assentiu.

“Já terminou?”, perguntou.

“Sim.”

“Vamos dar um passeio?”

“Tudo bem.”

Então saíram.

No passado, costumavam sair para caminhar e conversar.

Andar juntos pela rua principal foi como voltar no tempo. Lembraram-se dos velhos tempos e, no meio da conversa, Cecilia se esqueceu de responder à mensagem do marido.

Ao mesmo tempo, no Hotel Stelason, Nathaniel aguardava uma resposta dela.

Seu assistente bateu à porta e entrou. “Sr. Rainsworth.”

“O que foi?”

“A Sra. Rainsworth saiu com Cícero. Estão no centro da cidade”, disse Marcelo, que acabara de ser informado por seus subordinados.

Nathaniel deu-se conta de que a esposa devia estar acordada há algum tempo. Quem não olha o celular hoje em dia?

O homem atirou o aparelho para o lado.

Há poucos metros de seu chefe, Marcelo podia sentir o ar amedrontador que irradiava, e tentou confortá-lo: “Minha noiva também amigos homens. Eu ignoro.”

A atmosfera ficou ainda mais tensa.

Ao abrir o aplicativo de mensagens, viu uma de Marcelo que lia: O Sr. Rainsworth foi ferido com gravidade, desta vez. Ele está no Hotel Stelason.

Cecilia respondeu: Entendi.

Depois respondeu para Nathaniel: Vou voltar depois de amanhã. Já que está tão mal assim, volte para Tudela para se recuperar.

Ela aguardou, mas não houve nenhuma resposta, então assumiu que estivesse ocupado e não se incomodou em olhar o celular.

“Nathaniel?”, perguntou Cícero, sentado na cadeira da frente.

Cecilia respondeu: “O assistente dele. Só estava me avisando onde estão hospedados.”

“Quer ir lá? Posso te levar”, ofereceu.

“Não precisa. Vim aqui para te ver e passar o dia com você. Além disso, tenho que ver como estão as coisas na empresa com a Carolina amanhã.”

O homem esticou as mãos e perguntou: “Que tal assim? Vou à empresa com você hoje. Não temos muitas oportunidades de passar tempo juntos, então podemos compensar com um dia extra amanhã.”

Cecilia achou difícil recusar e, por isso, concordou.

Os olhos de seu amigo suavizaram e um sorriso tocou os cantos de seu lábios.

Enquanto isso, Carolina estava no escritório; seus dedos dançavam com rapidez pelo teclado, alheia ao fato de que sua chefe havia retornado sem avisar.