Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 746

Paula pegou seu celular e discou o número de Cecília.

Após o jantar, Cecília estava refletindo sobre a situação atual de Paula quando recebeu uma ligação inesperada.

“O que aconteceu?”, ela perguntou ao atender.

“Me envie dinheiro. Não consigo pagar minhas despesas médicas agora. Como minha filha, você não gostaria que eu te processasse, certo?”

Ela já havia tomado uma decisão. Se Cecília não quisesse lhe dar o dinheiro, ela a processaria.

Cecília não tinha um certo hábito de processar pessoas?

Ser processada pela própria mãe provavelmente não seria uma experiência agradável.

Ela sabia que Cecília não suportaria ser traída por sua própria família.

Surpreendentemente, ela não recusou. Em vez disso, disse: “Vou te visitar em breve. Se for verdade que você não pode pagar pelo seu tratamento médico como está afirmando, é meu dever cobrir as despesas para você.”

Assim que terminou de falar, não esperou mais por Paula e desligou o celular.

No hospital, a enfermeira perguntou a Paula: “Como foi? Não me diga que essa outra filha também não está disposta a te emprestar dinheiro.”

Que coisa triste.

A mulher ao lado virou o olhar para Paula, zombando dela com um tom sarcástico: “Não importa quanto dinheiro tenha, de que adianta na beira da morte se você não tiver sua família ao seu lado?”

Ao ouvir isso, os lábios de Paula se estreitaram em uma linha rígida.

Vendo que ela não estava disposta a falar, tanto a cuidadora quanto a mulher acreditavam que Cecília também não daria dinheiro a ela.

O motivo pelo qual Paula permaneceu em silêncio foi porque Cecília mais uma vez fez algo que a surpreendeu.

Ela sentiu uma dor aguda em seu abdômen novamente, a levando a se deitar. Ela fechou os olhos, esperando que o sono aliviasse o desconforto.

Por alguma razão, ela não conseguia dormir. Cada vez que fechava os olhos, sua mente era inundada com imagens de Cecília, desde a infância até a idade adulta, sempre tão bem comportada.

Será que realmente a tratei mal? Não, não acredito nisso.

Embora Cassandra tivesse sido levada por Rafael logo após seu nascimento e depois tivesse vivido com Quésia, ela era, afinal, sua própria filha legítima.

“Quero ficar no quarto VIP. Se apresse e organize a transferência de quarto para mim”, Paula ordenou novamente.

A cuidadora e a mulher ao lado dela ficaram sem palavras com sua atitude. Como uma mãe poderia tratar sua filha como se fosse uma inimiga?

Cecília não a respondeu. Em vez disso, perguntou à enfermeira: “Quanto custa um dia na ala geral, incluindo despesas de tratamento e os custos da cuidadora?”

A cuidadora informou que custaria pelo menos mais de trinta mil.

Após ouvir isso, Cecília enfiou a mão na bolsa e puxou um cartão.

“A senhora tem três filhos e, para ser justa, devo ser responsável apenas por um terço das despesas. Tenho trezentos mil neste cartão, considere isso como minha contribuição para todos os custos deste mês. Daqui a um mês, se ainda precisar, transferirei mais trezentos mil.”

Cecília não era gentil o suficiente para permitir que Paula voltasse para o melhor quarto do hospital às suas custas.

A doença dela era nada mais do que um karma, ela realmente mereceu tudo isso!

Ela deveria aproveitar o tempo para compreender verdadeiramente a dor que a vida poderia trazer.