Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 748

Após a saída de Cecília, Paula foi levada para várias horas de tratamento de emergência. Milagrosamente, os médicos conseguiram salvá-la das garras da morte.

Assim que acordou, seu olhar percorreu o ambiente. Além da cuidadora, nenhum ente querido estava ao seu lado, nem mesmo Cecília.

Paula abriu os lábios secos: “Onde... ela está?”

A cuidadora se inclinou imediatamente para perguntar: “Quem?”

“Cecília.”

A cuidadora sabia que, no fundo, Paula ainda guardava um espaço no coração para Cecília. Ela explicou: “Deve ter tido alguns assuntos a resolver, então saiu.”

Paula estava prestes a zombar quando a cuidadora pegou o cartão de visita que Cecília lhe deu mais cedo: “Olha, ela me deu isso e mencionou que, se você tiver mais problemas, poderei ligar para ela a qualquer momento. Ela cuidaria de tudo.”

Ao ouvir isso, Paula surpreendentemente não fez nenhuma zombaria.

A cuidadora guardou o cartão de visita, murmurando: “Sabe, eu tenho uma parente que também tem duas filhas. Ela também faz favoritismo, só mimando a mais nova. Mas quando ela ficou velha, a filha querida não se preocupou com ela. Na véspera de Ano Novo, ela até foi expulsa de casa. A filha mais velha, que nunca foi favorecida desde a infância, surpreendentemente a acolheu. Elas viveram juntas e agora ela me diz que a filha mais velha é a melhor.”

Os lábios de Paula se abriram levemente: “Elas são ambas filhas biológicas?”

“Não, a filha mais velha é adotada”, a cuidadora respondeu.

Os olhos de Paula se estreitaram em descrença: “A filha adotiva a trataria bem?”

“O que há de errado com uma filha adotiva? Contanto que seja grata e retribua, pode ser muito melhor do que uma filha biológica”, a cuidadora argumentou.

Paula caiu em silêncio.

A cuidadora parecia confusa: “Por que ficou em silêncio? Suas duas filhas têm pais diferentes, mas isso não significa que pode trata-las de maneiras diferentes só porque prefere seu marido atual. Não deveria negligenciar sua filha mais velha, entende?”

A cuidadora presumiu que Cecília era a filha mais velha e acreditou que Paula, após se divorciar do pai de Cecília, havia encontrado alguém e dado à luz a Cassandra.

“Já chega!”

Paula a interrompeu.

Ao ouvir isso, a mulher não concordou muito com suas ações, mas escolheu não expressar sua opinião.

Paula logo adormeceu enquanto murmurava para si mesma.

Depois de adormecer, ela teve um sonho em que se via de volta ao passado.

Ela não maltratava Cecília como costumava fazer. Em vez disso, começou a se preocupar com ela. Renato não havia falecido nesse sonho.

Vários anos depois, ela adoeceu gravemente. Renato, Cecília e até seu neto vieram visitá-la.

O sonho era tão encantador que, ao acordar, ela sentiu uma tristeza avassaladora.

Ela já havia tido sonhos desse tipo algumas vezes antes.

Então olhou para o relógio e viu que era apenas seis da manhã. Em seguida, olhou pela janela, enquanto o vento frio uivava lá fora.

Suportando a dor, se levantou da cama e saiu do hospital.