Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 878

Ao ver que Cecilia teve a audácia de defender a garotinha, a mulher não pôde deixar de questionar: “Quem é você? Sabe que o avô dessa menina concordou em deixar nossa Sra. Quésia tomar conta dela?”

“Como posso ter certeza de que você não está mentindo, planejando sequestrar a criança?”, retrucou Cecilia com uma pergunta.

A mulher soltou uma risada furiosa. “Você sabe para quem eu trabalho? Como se Sra. Quésia precisasse recorrer ao tráfico de crianças!”

“Não me importa quem você seja. Raptar uma criança no meio da rua já te coloca como errada”, declarou Cecilia friamente.

Ela protegeu a criança em seus braços e então pegou o celular. “Não tenha medo. Vou chamar a polícia agora.”

Vendo que Cecilia estava prestes a chamar a polícia, a mulher imediatamente a impediu.

“Por favor, senhora, não chame a polícia. Não quero causar mal algum.”

Cecilia fez uma pausa antes de perguntar à garotinha.

“Você poderia me explicar exatamente o que aconteceu?”

A garotinha abaixou a cabeça, enxugando as lágrimas. “Senhora, meu avô e eu estávamos vendendo flores na rua quando encontramos elas. Disseram que queriam me adotar. Mas eu recuso! Eu quero ficar com meu avô para sempre.”

Ao ouvir isso, a assistente não pôde deixar de balançar a cabeça. “Que criança tola. Seu avô é tão pobre que ficar com ele só vai te trazer dificuldades. Quando crescer, vai se arrepender.”

Nessa sociedade, não era todo mundo colocando o dinheiro acima de tudo?

A garotinha imediatamente retrucou: “Eu não sou tola. Eu só quero meu avô, não o dinheiro dele.”

Vendo que a garotinha não compreendia nada do que ela dizia, a assistente não pôde deixar de suspirar.

Enquanto Cecilia observava a conversa entre as duas, não conseguia identificar o sentimento que se agigantava dentro dela.

Neste mundo, existiam pessoas como a assistente e como a garotinha.

Ela não se preocupava em quem estava certo ou errado. Era simplesmente que, assim como ela, tudo o que a garotinha mais desejava era o amor familiar.

“Janete, você encontrou a criança?”

Nesse momento, uma voz familiar ecoou por trás de Cecilia.

Quésia pretende adotar essa menina?

A garotinha permaneceu escondida atrás de Cecilia, segurando suas roupas e lançando olhares tímidos para Quésia.

Quésia se abaixou. “Querida, venha comigo para casa. Seu avô já concordou em me deixar adotar você. Podemos finalizar o processo de adoção amanhã, e a partir daí, eu serei sua mamãe.”

Alguns dias atrás, ela havia encontrado essa criança. A menina tinha olhos belos, surpreendentemente semelhantes aos de sua filha perdida.

A garotinha, no entanto, balançou a cabeça. “Eu não quero voltar com você. Eu quero ficar com meu avô.”

Quésia ficou surpresa, sem entender o motivo.

“Por que? Se você vier comigo, não precisará mais vender flores todos os dias. O que você quiser, eu posso comprar para você.”

Ao ouvir isso, o rosto da garotinha ficou desafiador. “Eu não quero suas coisas! Eu só quero meu avô.”

Quésia não conseguiu aceitar. Ela deu um passo à frente, tentando pegar a mão da garotinha.

A menina instantaneamente desviou da mão estendida, com os olhos cheios de cautela e medo, olhando para Quésia.