Dessa vez eu escolho a vingança! romance Capítulo 212

Flávia ouviu o som e também olhou para a entrada.

Quando André viu quem estava parado na porta, seu rosto mudou imediatamente.

O homem que estava à porta tinha um olhar sombrio e gelado. Desde o primeiro momento em que seus olhos pousaram em Flávia, ele não desviou mais o olhar.

E somente ao vê-la, aquele olhar carregado de frieza e escuridão suavizou-se um pouco.

André levantou-se de imediato. "Je..."

Antes que pudesse terminar a frase, o homem à porta já havia entrado a passos largos.

Sua figura imponente exalava uma presença completamente diferente da habitual. Cada passo seu parecia carregar o peso de montanhas, e a aura intensa que emanava dele fazia com que todos ao redor sentissem uma pressão sufocante.

Mesmo antes de se ver claramente seu rosto, apenas sua silhueta já era suficiente para despertar respeito e temor.

Confirmando que Flávia estava bem, seus olhos finalmente se voltaram frios para André. Sua voz soou firme e direta:

"O que você está tentando fazer?"

O tom grave carregava uma ameaça e um questionamento inegáveis.

André pigarreou brevemente. "Bem, Je..." Ele parou por um instante, lançando um olhar para Flávia, como se quisesse confirmar a presença de uma terceira pessoa no recinto. Em seguida, optou por não mencionar diretamente a identidade do homem e reformulou sua resposta. "Fique tranquilo,Senhor Alves, eu respeito completamente a vontade dela."

Jeremias soltou um riso frio.

"Chamar isso de respeito? Interceptar alguém no meio do caminho agora é sinônimo de respeito?"

Assim que soube que Flávia havia sido levada por militares no meio da estrada, ele veio imediatamente.

Ele sabia o quanto essas pessoas queriam encontrá-la.

Eu também sei que quando esses caras virem essas pessoas, eles serão como cachorros vendo ossos e vão querer arrebatá-los com uma só mordida.

Ele conhece melhor os truques deles.

À primeira vista, parece ser algo puramente voluntário e não forçado, mas, na verdade, todos os aspectos estão tentando forçar a outra parte a fazer coisas por eles.

Mesmo que a outra parte recuse, ela não desistirá.

André ficou exposto e tocou o nariz envergonhado.

"Você não pode dizer que eu a sequestrei. Na verdade, nós fizemos um grande favor a ela."

Os olhos de Flávia se estreitaram ligeiramente. André claramente ocupava um cargo de alta patente, mas diante de Jeremias, parecia não ousar elevar muito a voz.

Ou seja, ou Jeremias possuía uma posição superior à de André, ou era simplesmente alguém difícil de lidar, ao ponto de André preferir evitar um confronto direto.

Além disso, parecia que os dois se conheciam há bastante tempo.

Ao ouvir as palavras de André, Jeremias franziu ligeiramente a testa e lançou um olhar interrogativo para Flávia.

Ela assentiu de leve.

"De fato, pode-se dizer que foi uma grande ajuda."

Dizendo isso, Jeremias realmente se sentou no lugar onde André estava antes.

Mas André não conseguia se livrar dele.

Os subordinados de André também se entreolharam, mas André não disse nada, então eles certamente não ousaram fazer nada.

O fato de Jeremias ter conseguido entrar naquele lugar mostra que essas pessoas têm medo dele. E ele deveria ter autoridade para entrar.

Caso contrário, esse tipo de lugar é secreto, tem camadas de gestão militarizada e é rigorosamente controlado.

Jeremias não conseguiu entrar de jeito nenhum.

Flávia lembrava-se perfeitamente de quantas barreiras teve que atravessar quando foi trazida para cá.

Agora, sua curiosidade sobre a verdadeira identidade de Jeremias só aumentava.

Ela já havia suspeitado que ele tinha alguma ligação com as forças armadas.

E essa não era uma suposição difícil de fazer.

O corpo de Jeremias não era o de alguém acostumado ao conforto e à inatividade.

Ele carregava diversas cicatrizes de ferimentos à bala, muitas delas antigas.

Além disso, havia aquela característica que ele tentava esconder, mas que, em momentos de descuido, revelava-se de forma inconfundível—uma postura que apenas militares possuíam.

Mesmo vestindo um terno elegante, ele não conseguia disfarçar o ar implacável de quem já havia saído de um campo de batalha, sobrevivendo entre os mortos.