Dessa vez eu escolho a vingança! romance Capítulo 294

O oficial da polícia evidentemente também havia perdido qualquer vestígio de compaixão pela mãe e filho da Família Carvalho.

Às vezes, os prisioneiros que entram na prisão estão apenas sendo privados de sua liberdade.

Para algumas pessoas, a privação da liberdade é muito menos dolorosa do que a luta pela sobrevivência na sociedade.

Pois, pelo menos na prisão, não precisam se preocupar com questões de sobrevivência.

Enquanto que as dores sofridas fora podem ser tão insuportáveis que tornam a vida pior que a morte.

Além disso, na situação em que se encontram, não representariam mais uma ameaça para outras pessoas na sociedade, nem causariam mais danos a ninguém.

Logo, Flávia foi conduzida ao local onde Oceana estava detida.

O policial fez um sinal de cumprimento e pediu que os outros se retirassem.

Oceana estava em um estado deplorável da cabeça aos pés.

Parecia ter passado por choques elétricos, espancamentos e traumas psicológicos.

Em pouco tempo, ela havia se transformado completamente, comparado ao que era antes.

Ela se encolhia em um canto, com os cabelos desgrenhados e um olhar que misturava medo, tremendo sem parar.

Quando chegaram, o policial contou a Flávia que Oceana fora encontrada confinada junto com porcos.

O ambiente estava repleto de estrume de porco e cochos.

Quando a encontraram, Oceana estava há dias sem comer, delirando enquanto disputava comida com os porcos.

Ao relatar isso, o policial franziu a testa, como se não pudesse compreender por que Oceana fora submetida a tamanha crueldade.

Ele suspeitava que o principal responsável pelo cativeiro, Murilo, fosse um pervertido.

Flávia ficou surpresa ao ouvir isso.

Não esperava que Murilo tivesse realmente feito Oceana comer comida de porco.

Isso confirmava que o policial estava certo, Murilo era de fato um pervertido.

Uma pessoa capaz de tais atos não poderia ser considerada normal.

Pelo seu raciocínio, Flávia deduziu que Murilo provavelmente ficou mentalmente instável após ter sido provocado.

O verdadeiro colapso dele deve ter sido causado pelo caso de Helena.

"Ver você assim tão arruinada me tranquiliza." Flávia iniciou diretamente.

Havia uma divisória de vidro entre ela e Oceana, mas havia uma abertura no vidro.

Assim, podiam conversar claramente, ao mesmo tempo que evitavam contato físico.

"Aprendeu a ser esperta." Flávia comentou.

Mas Oceana continuava repetindo as mesmas palavras, como se não tivesse ouvido Flávia.

"Tentar fingir insanidade para escapar da justiça... devo admitir, sua mente está funcionando melhor do que antes."

Essa declaração de Flávia causou uma pequena mudança na expressão de Oceana, mas ela permaneceu inerte.

Flávia deu dois passos à frente, olhando para ela de cima.

"Claro que, mesmo que você realmente tivesse uma doença mental, eu não deixaria você viver em seu próprio mundo. Viver confusa seria um presente para você. Viver consciente e dolorosamente é o que você merece."

Oceana fixou seu olhar em Flávia, e uma sombra de medo surgiu em seus olhos.

Momentos depois, Flávia saiu dali.

Uma agulha prateada era vagamente visível na cabeça de Oceana, que estava encolhida no chão.

Mas logo a agulha de prata desapareceu e afundou completamente em sua cabeça.

Oceana não sabia o que estava acontecendo, mas um medo se espalhou em seu cérebro, fazendo-a se esconder em um canto, apavorada.

Essas memórias dolorosas e as imagens e eventos que a fizeram desmaiar, uma por uma, cravaram-se em sua mente como facas.